A defesa do ex-diretor de controle urbano da Prefeitura de Campinas, Ricardo Candia, entrou com pedido de revogação da prisão temporária no fim da manhã desta segunda-feira (23). Candia, que é representado pelo advogado Ralph Tortima Stettinger, foi preso na sexta-feira (20) em uma megaoperação da Corregedoria da Polícia Civil. Os mandados de prisão foram decretados pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Augusto Bernardes.
Candia faz parte do grupo de 11 pessoas que estão presos no 2º Distrito Policial de Campinas, entre elas o diretor técnico da Sanasa, Aurélio Cance Junior, e o ex-diretor comercial da Sanasa, Marcelo de Figueiredo. Outras nove pessoas estão foragidas, como os secretários de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, e de Comunicação, Francisco de Lagos, e o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra.
Os pedidos de prisões de 20 pessoas foram feitos porque os promotores Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) entenderam que não era mais possível dar continuidade às investigações porque os suspeitos estavam atrapalhando o trabalho do Ministério Público. “Os envolvidos estavam tentando de todas as formas possíveis desviar o foco da investigação e atrapalhar a busca da verdade sobre os fatos investigados”, disse um dos promotores responsáveis pelo caso, Amauri Silveira Filho.
O prazo das prisões temporárias vence nesta terça-feira (24), mas pode ser renovado por mais cinco dias. Na manhã desta segunda-feira, o MP começou a ouvir empresários e membros da administração municipal que foram levados para a cadeia anexa ao 2º Distrito Policial.
O primeiro a ser ouvido foi o ex-conselheiro da Sanasa, Valdir Carlos Boscato. O depoimento começou às 10h30 e durou cerca de duas horas. De acordo com os promotores, ele não acrescentou muitas informações às investigações. No começo da tarde, começaram a ser ouvidos pelo MP os empresários Gregório Wanderlei Cerveira e João Tomaz Pereira Júnior, sócios da Hidrax, que prestou serviço à Sanasa entre 2006 e 2009 para mudanças de rede e tubulação de água.
Outras pessoas podem ser ouvidas ainda nesta segunda-feira, e a Promotoria não descarta fazer uma acareação, quando dois ou mais suspeitos são colocados frente a frente em depoimento. (Informações EPTV Campinas)
Por: Da Redação