A primeira-dama de Campinas e ex-chefe de Gabinete, Rosely Nassim Santos, e o vice-prefeito, Demétrio Vilagra, são considerados foragidos da Justiça. O Ministério Público ofereceu denúncia contra sete funcionários e ex-funcionários do primeiro escalão da prefeitura de Campinas, entre eles a primeira-dama e o vice-prefeito.
Todos estão com prisões preventivas decretadas contra eles, a pedido do Ministério Público, que investiga um suposto esquema de fraude em contratos e licitações na cidade. A denúncia foi feita pelo ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Castrillon de Aquino, que se desvinculou da empresa em 2008.
Em maio deste ano, uma operação da Corregedoria da Polícia Civil cumpriu 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. A primeira-dama de Campinas não foi presa na época porque tinha um habeas corpus preventivo que a protegia.
Estão com mandado de prisão expedido:
Francisco de Lagos – ex-secretário de comunicação (conseguiu habeas corpus na primeira operação)
Ricardo Chimirri Candia – Ex-diretor de controle Urbano (foi preso na primeira operação)
Aurélio Cance Junior – ex-diretor Técnico da Sanasa (foi preso na primeira operação)
Demétrio Vilagra – Vice-prefeito (foi preso na primeira operação)
Rosely Nassim Santos – primeira-dama e ex-chefe de gabinete (tinha habeas corpus preventivo na primeira operação)
Já foram presos:
Marcelo de Figueiredo – Ex-diretor comercial da Sanasa (foi preso na primeira operação)
Carlos Henrique Pinto – ex-secretário de segurança pública (conseguiu habeas corpus na primeira operação)
Entenda o esquema
O esquema de fraude em contratos de licitações veio à tona em setembro, durante operação da Corregedoria da Polícia Civil e do próprio Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A operação teve que ser atencipada porque os envolvidos descobriram que estavam sendo investigados. Na época, oito pessoas foram presas. O esquema envolvia o pagamento de propinas para beneficiar empresas que venciam as licitações.
Segundo os promotores, foram fraudadas licitações nas áreas de limpeza, segurança e vigilância. Somando um prejuízo estimado de R$ 615 milhões aos cofres públicos.
As investigações apontaram que a quadrilha agia em Tocantins, Minas Gerais e também em várias paulistas, incluindo Campinas, Indaiatuba e Hortolândia.
Os relatórios da promotoria trazem trechos de escutas telefônicas. No caso de Hortolândia, aparecem nomes de secretários municipais e do prefeito Ângelo Perugini, apontando fraude na contratação da empresa O Limpadora Ltda. Em indaiatuba, os suspeitos falam que o prefeito Reinaldo Nogueira pediu apoio para campanha política, Já em Campinas, a Sanasa aparece como uma das principais contratantes das empresas investigadas.
Investigações
As prefeituras abriram uma sindicância interna para apurar as denúncias. Os trabalhos foram concluídos sem apontar irregularidades. As câmaras municipais também formaram uma Comissão Parlamentar de Inquérito, mas os vereadores ainda estão ouvindo funcionários e diretores das administrações e empresas investigadas. (Infomações EPTV Campinas)
Por: Da Redação