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AHIPAR retira balseiro e mantém canal livre do Rio Paraguai para navegação

Ahipar retirada de balseio no Rio Paraguai

 

Ahipar retirada de balseio no Rio Paraguai

A AHIPAR (Administração da Hidrovia do Paraguai) conclui os trabalhos iniciados em maio de controle e prevenção de formação de balseiros ao longo do Rio Paraguai, principal via navegável do Pantanal, fenômeno este que ocorre em períodos de cheia na região. O balseiro pode formar “ilhas” de até 100m², com 1,50m de profundidade, impedindo a navegação.

A concentração de plantas aquáticas e gramíneas pode interromper o tráfego de médias e grandes embarcações na hidrovia, além do risco de acidentes. Quando o rio enche, entre janeiro e julho, a vegetação desprende-se das suas margens e baías, sendo levada pela correnteza e concentrando-se em trechos sinuosos e estreitos.

No mês de fevereiro, técnicos da AHIPAR fizeram um levantamento de barco e aéreo da situação e foi constatada a necessidade de uma ação rápida para manter a via navegável para embarcações comerciais, de turismo e das comunidades ribeirinhas. A visita técnica levantou os pontos mais críticos para intervenção.

Trechos isolados

Com o apoio da embarcação “Engenheiro Avídio de Mello” da AHIPAR, que dispõe de equipamentos (grades de empurra instaladas na proa e pás mecânicas), foi realizada a limpeza do canal no trecho Fazenda Bela Vista (Corumbá) e a foz do Rio Sararé (Cáceres, MT), entre os km 1796 e 1970 da via.

O chefe do Núcleo de Melhoramentos da AHIPAR, engenheiro Samuel Van Der Laan, explica que a concentração de quantidade de vegetação flutuante é uma das características do Rio Paraguai. Conhecida como balseiro, apresenta-se em forma de tufos isolados, com capacidade de suportar homens e animais.

O balseiro é formado por aguapé ou camalote (planta aquática) e a capineira (planta terrestre, que cresce em tronco seco, sobre o depósito de limo e húmus trazidos pela cheia). Quando ocorre a inundação, a capineira se desprende do terreno e flutua, arrastando também troncos de árvores tombadas nas margens.

 

Por: Da Redação