Dança e Teatro fizeram parte das atrações da penúltima noite do Festival América do Sul neste domingo (29/04). O grupo Funk-se apresentou Mosaicos Urbanos no Palco Pantanal. Mesmo com o clima ameno o público compareceu em massa para prestigiar a companhia de dança que tem dezesseis anos de existência e tem como origem do nome a música “Funk-se quem puder” de Gilberto Gil, de 1983.
Com uma mistura de ritmos, com estilos que variavam desde o Hip Hop, Flashback , hits do momento, música clássica e até a sonoridade que lembrou o vídeo-game “Mário Bros” foi coreografado pelos bailarinos. Com predominância para o “street dance”, dança de rua, os bailarinos exploraram ao máximo movimentos acrobáticos em sincronia, abusando do “breakdance ”. “Gostei muito, impressionou bastante”, disse Otávio Cavalon, um dos espectadores. Felipe Espíndola, bailarino do grupo Funk-se com doze anos no grupo, disse que “Participar do Festival foi um marco para o Funk-se, um reconhecimento do nosso trabalho”. Com aplausos efusivos o público presente ficou satisfeito com o que viu.
Já com o anfi-teatro do Colégio Santa Tereza lotado, A Cia de Teatro Lá vem o Rizzo de São Paulo apresentou o espetáculo Lá Vem a Fofinha. Uma comédia que conta a história de uma gordinha (Madalena) com complexos existenciais que procura um pscólogo (Edson) para uma sessão. Durante a consulta a personagem vai contando e encenando trechos de sua vida para o terapeuta onde a obesidade foi empecilho ou motivo de chacota.
Com tiradas bem-humoradas, arrancou gargalhada do público, que também interagia com os atores. A peça estreou em agosto do ano passado e já foi apresentada em dois Festivais em Portugal; Festival Cômico de Maia e Festival Arcos de Valdevez. “Participar do Festival América do Sul foi maravilhoso pois permite uma troca de intercâmbio cultural” disse Beth Rizzo, atriz e autora da peça. Ao comentar sobre o espetáculo, enfatizou a necessidade de combater o preconceito, uma vez que a peça tem como tema a obesidade. “Pensei em levar para o público entretenimento de maneira engraçada de uma forma leve, de um jeito que as pessoas se identificassem, uma vez que elas têm ou sofrem preconceitos, mas o que importa na vida é o que a gente é, e isso foi o que propusemos passar para a platéia”, concluiu.
Por: Da Redação