CorumbáLadário

Cheia já isola regiões do Pantanal e deixa pantaneiros em alerta

 

O Sindicato Rural de Corumbá e os pecuaristas pantaneiros acompanham com preocupação o comportamento das águas na planície pantaneira, onde algumas subregiões, como Nhecolândia e Paiaguás, já estão isoladas, sem acesso por terra devido à inundação das estradas vicinais e os campos. As águas subiram repentinamente na subregião do Jacadigo, sudeste de Corumbá, reflexo do transbordamento de rios na Bolívia.

O presidente da entidade rural corumbaense, Luciano Aguilar Rodrigues Leite, informou que a situação ainda está sob controle, com os pecuaristas intensificando desde abril a movimentação do gado para áreas altas, no planalto, ou comercializando os animais para reduzir custos com aluguel de pasto e logística de transporte. “A cheia vai ser grande, mas está atrasada e não vai nos pegar de surpresa”, disse Luciano.

A situação de alerta na planície, segundo Luciano Leite, tem relação com o nível de água do Rio Paraguai na região de Bela Vista do Norte, divida do Estado com Mato Grosso. Nesse ponto, o rio chegou a marca de 6,38 nesta sexta-feira (acima dos 6,23 metros, pico da grande cheia de 2011) e ainda continua subindo. A não estabilização do Paraguai em Bela Vista é um indicativo que o baixo Pantanal ainda receberá muita água.

Muita chuva

Pela previsão da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), do Ministério das Minas Energia, que divulga boletins com a previsão de níveis dos rios pantaneiros, o Paraguai em Bela Vista do Norte já estaria em processo de vazão, o que não ocorreu. Luciano Leite explicou que, além das águas do alto Pantanal (MT), tem ocorrido chuvas intensas na planície. Em um dia na Nhecolândia, segundo ele, choveu 180 milímetros, no final do mês passado.

 

Por: Da Redação