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Após convocação de Putin, pessoas fazem filas nas fronteiras para deixar Rússia

 

Um vídeo de mídia social das fronteiras terrestres da Rússia com vários países mostra longas filas de tráfego tentando deixar o país no dia seguinte ao anúncio do presidente Vladimir Putin de uma “mobilização parcial”.

Havia filas nas passagens de fronteira para o Cazaquistão, Geórgia e Mongólia. Um vídeo mostrou dezenas de veículos fazendo fila no posto de controle Zemo Larsi/Verkhny Lars na fronteira Geórgia-Rússia durante a noite de quarta-feira (22).

Essa fila parece ter crescido nesta quinta. Um vídeo mostrou uma longa fila que se estendia pelas montanhas atrás do cruzamento, com um homem comentando que tinha de cinco a seis quilômetros de comprimento.

Outro vídeo postado na quinta-feira mostrou longas filas na travessia de Khaykhta para a Mongólia.

Um homem falou sobre um vídeo gravado na passagem de Troitsk para o Cazaquistão, onde dezenas de carros estavam alinhados na manhã desta quinta-feira.

“Aqui é Troitsk, filas de caminhões e veículos de passageiros… você não pode ver o início ou o fim dessa fila… todo mundo, todo mundo está fugindo da Rússia, todo tipo.”

Um alto funcionário cazaque, Maulen Ashimbaev, disse que o Cazaquistão não pode restringir a entrada de cidadãos russos no país, informou a agência de notícias estatal russa RIA Novosti na quinta-feira.

Mas Ashimbaev, o presidente da Câmara Alta do parlamento cazaque, disse que, para obter uma autorização de residência, os requerentes devem ter um conjunto de documentos que cumpram a lei.

É difícil comparar o fluxo atual de tráfego com a média na ausência de dados oficiais.

Os voos da Rússia para países que não exigem visto continuam muito movimentados e frequentemente esgotados. Uma pesquisa no site da Aviasales mostrou que não havia assentos disponíveis nos voos econômicos de ida Moscou-Istambul até domingo — com o preço mais baixo quase US$ 2.900.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou na quinta-feira relatos de aeroportos lotados de pessoas tentando deixar a Rússia após o anúncio, chamando-o de “exagero” e “notícias falsas”.

*CNN Brasil / Foto:  Olivier Morin/AFP