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Moka cobra presidente do BC sobre meta de inflação e juros altos

 

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) cobrou nesta terça-feira (24) o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a política de juros altos para combater a inflação. De acordo com o parlamentar, o governo utilizou a alta dos juros como argumento para conter a inflação.

“A inflação superou o teto da meta, mesmo com aumento da taxa de juros, e queria uma explicação sobre isso. Temo pelo desenvolvimento da economia”, disse o peemedebista, durante audiência com o presidente do BC na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Moka destacou que o ideal para a economia crescer é ter juro menor, alta do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação controlada. “Mas terminamos 2014 com PIB zero, juro alto e inflação descontrolada, o pior cenário que poderia existir”, reforçou.

O senador considera que a atual econômica terá condições de auxiliar o Banco Central na recuperação da economia e na redução da inflação. “É uma equipe mais bem preparada”, afirmou.

Sobre a independência do BC, Tombini disse que a “posição firme” da instituição é de que opera com autonomia de fato para decidir sobre os juros. A independência, disse ele, depende de aprovação do Congresso.

O presidente afirmou que não há improvisação em relação à autonomia operacional pelo BC. Com informações técnicas sobre a comunicação oficial do BC, Tombini rebateu os ataques do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) de que o Copom, durante as eleições presidenciais do ano passado, se reuniu para decidir sobre a taxa de juros, “monitorada” pelo Palácio do Planalto.

Caiado acusou o BC de não agir com independência. “O BC passou a ser o elemento ligado à campanha de reeleição da presidente Dilma”, criticou Caiado. Para o senador, o BC não está preocupado em resguardar a moeda brasileira da inflação e das taxas de juros.

Em reposta aos ataques do senador de que o Copom não elevou os juros por conta das eleições, o presidente Tombini afirmou que BC “não mudou”. “O que mudaram foram as circunstâncias”, disse ele. Ele citou a elevação do dólar frente ao real. Por isso, destacou, a estratégia de política monetária teve que ser ajustada. Para ele, não houve “surpresas” do BC depois das eleições ao elevar a taxa de juros. (Com Agência Estado)

 

Por: Da Redação