Onze anos depois da morte da jornalista Sandra Gomide, o assassino confesso, o também jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, começou a cumprir a pena. O último recurso contra a sentença de condenação foi julgado nesta terça-feira (24) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele passou a noite sozinho em uma cela do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, na região central de São Paulo. O jornalista não dormiu e recebeu o café da manhã por volta das 6h30. Pimenta Neves não havia aceitado a refeição na noite desta terça-feira.
Depois de se entregar à polícia na noite desta terça-feira, na casa dele, na Zona Sul da capital paulista, o jornalista foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele fez exame de corpo de delito e, na saída, falou a jornalistas sobre o mandado de prisão expedido pelo juiz de Ibiúna, cidade onde matou a namorada há 11 anos.
Pimenta Neves disse que já esperava a prisão. “Os recursos se esgotaram”, afirmou. Questionado como foi a chegada dos policiais à residência dele, o jornalista disse “tudo bem”. “Foram muito educados”, completou.
Pimenta Neves chegou na delegacia tranquilo. Agora, ele vai ficar à disposição da Secretaria de Administração Penitenciária, que vai decidir ainda nesta quarta-feira (25) para qual presídio ele vai ser encaminhado.
O jornalista foi condenado em 2006 pela morte da jornalista Sandra Gomide. O crime foi num haras, seis anos antes. O recurso negado pelo STF foi o último de uma série usada pela defesa em todas as instâncias. Os advogados do jornalista conseguiram protelar a prisão e só agora, cinco anos depois da sentença, ele começar a cumprir a pena.
STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade dos cinco ministros que a integram, o último recurso pendente de Pimenta Neves, condenado em 2006 pela morte da ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide. O relator do caso, ministro Celso de Mello, determinou ao juiz da Comarca de Ibiúna (SP) o cumprimento da pena de 15 anos de prisão, inicialmente, em regime fechado.
De acordo com o ministro relator, não há mais possibilidade de se recorrer da decisão. “É um fato que se arrasta desde 2000 e é chegado o momento de se por termo a este longo itinerário já percorrido. Realmente esgotaram-se todos os meios recursais, num primeiro momento, perante o Tribunal de Justiça de São Paulo; posteriormente, em diversos instantes, perante o Superior Tribunal de Justiça, e também perante esta Corte”, afirmou Mello durante o julgamento. (G1)
Por: Da Redação