A Palma de Ouro do 64ª Festival de Cannes foi para o filme “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick. Ele não veio a Cannes e foi representado por dois dos vários produtores envolvidos na fita, que tem entre os montadores o brasileiro Daniel Rezende. “Malick é um tímido incorrigível”, disse um dos produtores. A premiação terminou agora a pouco. Já o Grande Prêmio do Júri, o Grand Prix, foi dividido entre “Le Gamin au Véio”, da dupla belga Jean-Pierre e Luc Dardenne e “Bir Zamanlar Anadolu’da”, do turco Nuri Bilge Ceylan.
Os irmãos Dardenne agradeceram o protagonista adolescente do filme Thomas Doret. Ceylan foi breve e parecia contrariado com a premiação. A melhor direção coube ao dinamarquês com carreira nos Estados Unidos Nicolas Winding Refn pelo filme “Drive”. Ele lembrou especialmente o ator Ryan Gosling, seu protagonista, pela colaboração na realização do longa-metragem.
O prêmio de melhor ator e melhor atriz foram entregues a Jean Dujardin, protagonista da produção francesa “The Artist”, e Kirsten Dunst, por “Melancolia”, filme de Lars Von Trier. Ela agradeceu a possibilidade de poder mostrar tanto empenho no filme. Dujardin, astro na França, dividiu o reconhecimento com sua parceira na fita, Bérénice Bejo. “Eu também quero a receita desse prêmio para recebê-lo sempre”, completou. O concorrente israelense “Hearat Shulayim”, de Joseph Cedar, teve reconhecido o roteiro. O diretor não estava na premiação e foi representado por uma integrante da equipe, que leu uma mensagem do realizador. O prêmio do júri foi para “Polisse”, da diretora francesa Maïwenn. Muito emocionada e ofegante, ela agradeceu sua equipe de atores e técnicos, sua família e filhos.
O júri da competição oficial é presidido pelo ator Robert De Niro e formado pelo diretor francês Olivier Assayas, seu colega chadiano Mahamat –Saleh Haroun, que no ano passado recebeu o Prêmio do Júri por “Um Homem que Grita”, Johnnie To, realizador de Hong Kong, o ator Jude Law, as atrizes Martina Gusmán, argentina que é mulher do diretor Pablo Trapero, e Uma Thurman, a escritora norueguesa Linn Ullman, e por fim a produtora chinesa Nansun Shi.
A Caméra D’Or para o melhor diretor estreante foi dada a Pablo Giorgelli, pela co-produção hispano-argentina “Las Acacias”, exibida na paralela Semana da Crítica, enquanto “Cross (Cross Country)”, de Maryna Vroda levou a Palma de Ouro na categoria de curta-metragem.
Por: Da Redação