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“Em suas marcas” – uma fotografia da corrida eleitoral pela Prefeitura de Corumbá

 

Passadas as convenções para o pleito, após sete nomes terem sido aprovados, em suas convenções partidárias, para a corrida pela Prefeitura Municipal de Corumbá, o cenário aponta uma eleição bastante disputada com quatro pré-candidatos com chances reais de assumir a cadeira do executivo da cidade branca.

Contando com a intenção de votos de quatro entre cada dez eleitores, segundo pesquisas recentes, e com o apoio do atual governador do estado, o atual prefeito Marcelo Iunes (PSDB) larga na frente, mas pode se desidratar já que deverá ser o alvo principal da perseguição dos demais candidatos. O atual prefeito conta em seu favor com uma militância atuante nas redes sociais, que fazem uma verdadeira patrulha, contestando eventuais publicações de repercussão negativa e impulsionando publicações que depõem em seu favor.

Em segundo lugar nas intenções de voto aparece o ex prefeito e suplente de deputado estadual Paulo Duarte (MDB), que busca os votos do eleitorado insatisfeito com a gestão atual, e ainda conta com um considerável “eleitorado cativo”, conquistado ao longo de sua carreira política, mas conta também com uma também considerável rejeição pelos mesmos motivos.

Em terceiro aparece o médico e vereador Dr. Gabriel (PSD), que pode se aproveitar da rivalidade acirrada entre os dois primeiros e se tornar atrativo aos eleitores indecisos, e, caso a distância entre Marcelo Iunes e Paulo Duarte não diminua consideravelmente até as vésperas da eleição, pode contar com uma debandada dos eleitores do ex prefeito, que prefeririam ver o médico eleito a manter a prefeitura nas mãos do atual gestor.

Correndo por fora, e com a missão mais difícil entre os quatro, aparece Elano (PSL), que migrou de partido de olho no apoio do eleitorado bolsonarista, mas que não conta com comoção vista durante as eleições para presidente. Visto nas duas últimas eleições como um “outsider”, uma opção que se apresentava como um candidato “diferente” daqueles que já tinham uma carreira política, o pré-candidato não empolgou e perdeu o rótulo de “político de fora da política” que o impulsionara no início. Porém, enganam-se aqueles que acham que o candidato da “Rota do Desenvolvimento” está fora da disputa. Uma possível união dos bolsonaristas em apoio a sua campanha, pode dar um fôlego, e bagunçar o cenário político do município, tirando votos importantes dos três primeiros candidatos.

Quanto aos demais candidatos, a tendência é que captem uma quantidade de votos relativamente inexpressiva, e não oferecem riscos de incomodar esses quatro postulantes.

Por: Elio Anacleto da Silva Filho