Ladário

Prefeito encontra Irmãs alemãs que destacam a qualidade da educação em Ladário

o chefe do executivo ladarense deu as boas vindas

 

o chefe do executivo ladarense deu as boas vindas

O prefeito José Antonio Assad e Faria, se reuniu na manhã desta segunda-feira, 03 de agosto, no Colégio São Miguel, em Ladário, com as Irmãs Franciscanas de Bonlanden, Antonia Dillman e Angelika Maiss, que vieram da Alemanha para visitar a instituição de ensino, tradicional no município, bem como também conhecer as tradições da região. A visita canônica, como é chamada, acontece a cada seis anos e percorre todos os educandários franciscanos existentes no Brasil.

Na oportunidade, o chefe do executivo ladarense deu as boas vindas, e disse da importância do município receber a visita das irmãs franciscanas de Bonlanden, que tem como objetivo, não apenas conhecer a instituição de ensino, como também a vivência religiosa das irmãs que moram em Ladário e estão à frente do Colégio.

“Foi uma conversa produtiva, apesar do idioma. Conversamos sobre a importância da escola em nossa cidade, o trabalho que ela desenvolve há 75 anos, e que já está enraizado nos ladarenses. Com este encontro, queremos destacar a divulgação deste trabalho e fortalecer ainda mais os laços enquanto poder público, junto à escola que tanto representa para a nossa cidade, contribuindo desta forma para a educação das nossas crianças, assim, como deverá ser a Escola Municipal Irmã Regula, que será entregue ainda no segundo semestre, sendo que já atende crianças na sede da SSCH”, disse José Antonio.

Para a superiora geral das Irmãs Franciscana da Imaculada Conceição de Maria de Bonlanden, Angelika Maiss, a presença é fortalecer ainda mais as atividades desenvolvidas pela escola, sendo a visita delas, realizada em dois momentos: primeiro com crianças de 01 a 05 anos da educação infantil; depois com os jovens.

“Fiquei muito surpresa, pois o nível cultural que se trabalha aqui na escola junto aos alunos é bem alto. A impressão que estamos levando é ver que no rosto de cada criança não existe a obrigação de frequentar a escola, e sim o prazer de brincar e aprender, diferente na Alemanha. Isso significa que grande parte dos cidadãos ladarenses, está relacionada com a escola, com a vida dentro do educandário”, falou irmã Angelika.

Ainda conforme ela, uma boa formação cidadã não se dá em alguns anos, “e sim, ao longo de muitos anos. Precisamos de bastante tempo para que isso efetivamente aconteça. Todo resultado do trabalho feito reflete na construção das famílias, isso é muito importante”, completou a irmã superiora.

Já para a Irmã Antonia Dillman, responsável pelo trabalho missionário na congregação, especialmente na América Latina, além de especial, Ladário e toda região estão de parabéns por tudo que vem fazendo.

“Os professores não transmitem conhecimento, e sim, valores que ajudam a transformar a sociedade, e eles apresentam muita alegria em seu serviço. Isso é mais do que importante. Trabalhar com satisfação, o resultado só é um, positivo”, mencionou Dillman.

Colégio São Miguel

Na responsabilidade, quatro irmãs da congregação ficam á frente do Colégio São Miguel, que foi fundada em 12 de fevereiro, de 1940, quando as Irmãs M. Gertrudis Lang, M. Sigisberta Weidelener e M. Amata Denninger, partiram de São Paulo para assumir a missão em Ladário. Desde o início, as Irmãs foram sempre bem atendidas pela Marinha, unidade militar, do 6° Distrito Naval, para defesa da fronteira com a Bolívia e o Paraguai.

Neste mesmo ano, iniciaram as atividades escolares, com 140 alunos do Curso Fundamental e curso de bordados e pintura para jovens. Um curso de corte e costura funcionou até 1960. Além das aulas de ensino religioso no colégio, as Irmãs se dedicavam à catequese com crianças, na paróquia.

A escola foi reconhecida, oficialmente, pelo Estado, em 23 de agosto de 1941 e em janeiro de 1942. O prédio da escola foi doado pela Prefeitura local, passando a pertencer à Sociedade de Instrução e Beneficência.

Em 1972, num convênio firmado com o Estado, o Colégio São Miguel deixou de ser escola particular, mas, continuou a ser dirigida e orientada pelas Irmãs, dentro dos princípios educacionais cristãos. Em 1998 passou novamente a funcionar em caráter de escola particular.

A escola franciscana tem a missão de possibilitar a vivência do amor, da fraternidade e da paz que perpassam as formas de relacionamento pessoal e do conhecimento. O projeto educativo desenvolvido, considera a escola como lugar de encontro, de escuta, de comunicação onde os educandos assimilam os valores cristãos.

Lugar encantador

Sendo professora de geografia, na Alemanha, por muitos anos, a irmã superiora Angelika, bem como a Irmã Antonia Dillman, responsável pelo trabalho missionário na congregação, acabaram ficando encantadas com a beleza do Pantanal de Mato Grosso do Sul.

“No começo foi um pouco assustador, porém, ao percorrer o caminho de terra, fui observando muitas belezas naturais e os animais. O principal são os carros que levam centenas de turistas e passam bem devagar, ajudando na sustentabilidade de manter o lugar intocável. O que chamou a atenção é a falta de asfalto, o que é bom, por não contribuir para acabar com um santuário tão lindo”, comentou.

“Não basta só conhecer, tem que estudar. Na Alemanha em nossa Escola há muitos livros e nós estudamos tudo isso com nossos alunos, principalmente Minas Gerais e o Pantanal”, finalizou Irmã Angélika.

IRMÃS FRANCISCANAS DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA, DE BONLADEN

Este projeto foi idealizado por Faustino Maurício Mennel, padre diocesano que, de corpo, coração e mente inquietos pelo Reino de Deus, expressava assim seu carisma: “ … Quanto mais ia aprendendo a conhecer a pastoral uma educação sem fé e uma religiosidade afetada, fria imoralidade e excessivo sentimentalismo na geração feminina, tanto mais desejava ver surgir uma família-convento em simplicidade e austeridade autenticamente cristãs que, em espírito e verdade, servisse a Deus, e capaz de ensinar isso aos outros pela palavra e pelo exemplo”.

Paulatinamente, a Congregação foi se expandindo e, em 1928, as primeiras irmãs chegaram ao Brasil. A missão e a força criadora de Pe. Mennel ultrapassaram os limites das colinas bolandenses e continuam alimentando até hoje, a sua obra.

Pe. Mennel, educador sempre esperançoso, afirmava que a força que forma o homem e a mulher e transforma a sociedade é o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Daí nasceu a missão das Irmãs Franciscanas de Bonlanden na Igreja.

Nosso projeto Educativo define a nossa identidade e a maneira própria de educar, ensinar e formar. Ele se inspira no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, no carisma franciscano, na pedagogia de Pe. Mennel e nas diretrizes da pastoral. (Assessoria de Imprensa-PML)

 

Por: Da Redação