Corumbá

FAS: Grupo Mamulengo Sem Fronteiras leva para Corumbá teatro de bonecos populares do Nordeste

Teatro de bonecos do Grupo Mamulengo Sem Fronteiras, de Brasília

 

Teatro de bonecos do Grupo Mamulengo Sem Fronteiras, de Brasília

Quem prestigiar o 11º Festival América do Sul (FAS), que acontece no período de 30 de abril a 4 de maio no município de Corumbá, vai poder conferir a apresentação do teatro de bonecos do Grupo Mamulengo Sem Fronteiras, de Brasília. Feitos geralmente de madeira e tecido, de feições simples e movimentos engraçados, os bonecos populares do Nordeste surgem no palco onde música é o elemento condutor.

Coordenado por Walter Cedro, o grupo Mamulengo Sem Fronteiras teve início no ano de 1996 a partir da convivência do mamulengueiro e mestre Chico Simões. São mais de 13 anos pesquisando as várias formas de mamulengo e teatro pelo Brasil, sempre mantendo a tradição das brincadeiras populares buscando novas formas de trabalhar a tradição e a atualidade.

Atualmente o Mamulengo Sem Fronteiras compartilha essas experiências dando oficinas de Mamulengo, teatro popular e participando de diversos festivais em alguns países da Europa, América do sul e diversos estados brasileiros.

Oficinas

De acordo com a programação do evento, o Grupo Mamulengo realiza no dia 1º de maio, quinta-feira, a oficina de manipulação de bonecos. O encontro será às 10 horas, no Moinho Cultural. A oficina tem como objetivo ampliar e aprofundar as possibilidades da comunicação oral integrando corpo-mente-sentimento-expressão através da linguagem do teatro e bonecos. Os participantes terão a oportunidade de conhecer e desenvolver técnicas de manipulação e expressão desse tradicional teatro popular utilizando os bonecos de vara, luva e misto (vara e luva). É o momento de conhecer o brinquedo por outro ângulo, de dentro da tolda, desvendando as sutilezas e artimanhas desde a sua construção até a manipulação e ter a possibilidade de ser não só espectador, mas quem se apropria da linguagem para se expressar.

No dia 2 de maio, sexta-feira, às 10h também no Moinho Cultural, o grupo realiza a oficina de confecção de bonecos. O mamulengo tradicional é sempre feito de madeira mulungu e tecido. O mulungu por ser muito difícil de encontrar e confeccionar por ser uma madeira que precisa utilizar objetos como faca, estiletes entre outros, nesta oficina serão utilizados objetos pessoais e material reaproveitado como sucatas garrafas e outro materiais descartados na natureza.

Espetáculos

Na quinta-feira, dia 1º de maio, na Praça da Independência a partir das 17h, o grupo apresenta o espetáculo “Benedito Abençoado e Bendizido”. É a história de amor de Benedito e Rosinha, e sua busca por trabalho e justiça. Com muita irreverência, os bonecos improvisam com tradicionais personagens do imaginário popular, tornando cada “brincadeira” única. Por meio da comunicação direta com o público, os temas, personagens e histórias são constantemente atualizados e adaptados às diferentes situações e plateias. A apresentação terá a presença dos seguintes integrantes: Thiago Francisco (Brincante/Bonequeiro), Maísa Arantes (Rabeca/Voz) e Cinho do Juazeiro (Zabumba).

No mesmo dia e local, às 18h, o público vai conferir o espetáculo “Forrólengo”, numa parceria entre a Banda Chinelo de Couro e o grupo Mamulengo. O Chinelo de Couro é um grupo brasiliense formado por quatro mulheres, que desponta no cenário da música popular da capital federal. A característica principal do grupo é a substituição da sanfona, muito usada nos palcos do forró tradicional, pela rabeca. No repertório, forró, coco, ciranda, maracatu e outros ritmos brasileiros. Músicas autorais, de domínio público e de grandes compositores da música brasileira são puxadas pelo contrabaixo, cavaquinho, belas vozes, percussão e a rainha rabeca.

O grupo também estará às 16h de sexta-feira, dia 2 de maio, na Praça da Independência para apresentar o espetáculo “Exemplos de Bastião”. É a história de um palhaço de Folia de Reis que se mete em várias confusões com sua burrinha Relâmpago. Os integrantes são: Walter Cedro (brincante/bonequeiro), Wagner Nascimento (zabumba/keijim/sanfona) e Josimar Cedro (triângulo).

Já às 17h, o grupo apresenta o “Forrólengo”, desta vez com a participação da Banda Beirão e os Filhos de Dona Nereide. Beirão, com seu show “O Pop Star do Sertão”, vem cantando músicas autorais e clássicos do forró, do baião, do xote, do maracatu, entre outros. Levam ao público o universo do autêntico forró pé de serra, além de uma releitura da música nordestina dentro de uma fusão de ritmos, com influências do rock brasileiro e da música universal.

A programação completa do Festival pode ser acessada no site www.festivalamericadosul.com.br

 

Por: Da Redação