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Após negativa do STJ, Giroto e esposa tentam habeas corpus no STF

 

Depois de ter pedido negado na semana passada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), nessa segunda-feira (13) a defesa do ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto, bem como de sua esposa Raquel Giroto e do empresário Flávio Henrique Garcia, entrou com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) na tentativa conseguir habeas corpus. Eles estão presos desde o dia 16 de maio devido a Operação Lama Asfáltica.

De acordo com o sistema do STF a solicitação já foi distribuída e está com o ministro Marco Aurélio. Desde que foram presos eles tentam HC junto à Justiça Federal. Também estão em cárcere o empresário dono da Proteco Construções João Amorim, sua sócia Elza Araújo, Mariane Mariano de Oliveira e Ana Paula Dolzan.

Conforme a investigação Giroto teria sido um dos mandantes, junto ao ex-governador André Puccinelli (PMDB), de obras irregulares dentro da Secretaria de Obras do Governo, incluindo cláusulas injustificáveis nos contratos para que outras empresas que não fossem do grupo não ganhassem as licitações.

Operação

Esta segunda fase da operação Lama Asfáltica bloqueou pouco mais de R$ 43 milhões em bens de 24 pessoas, apreendeu dois aviões, um do empreiteiro João Amorim e outro do empresário João Baird, e encontrou na casa dos acusados US$ 10 mil em espécie e um montante em real que ainda está sendo contabilizado pelos agentes da Polícia Federal.

A ação, que envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias.

Segundo o superintende da PF, Ricardo Cubas, do montante de R$ 195 milhões em obras da gestão Puccinelli, na 1ª fase da operação foram identificados desvios de R$ 11 milhões e nesta 2ª fase, mais R$ 33 milhões que teria sido desviados, um total de R$ 44 milhões. Segundo a Polícia, pelo menos 23% de cada empreendimento era desviado pelo grupo, classificado de organização criminosa pela Polícia. (Midiamax)

 

Por: Da Redação