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Após descoberta de safáris, autoridades temem prejuízo no turismo de MS

PF apreende vários crânios de animais

 

PF apreende vários crânios de animais

Com a descoberta do esquema de safáris ilegais no Pantanal de Mato Grosso do Sul, as autoridades temem que haja um prejuízo no setor de ecoturismo do estado. Antes, a maioria dos visitantes vinham para Mato Grosso do Sul por causa do turismo de pesca, mas atualmente a principal atração é o turismo ecológico. A mudança de perfil dos turistas levou mais de uma década para acontecer.

A reação das agências de turismo após a denúncia foi de surpresa. O conselheiro da Associação Brasileira de Agências de Viagens em Mato Grosso do Sul (ABAV/MS), Sebastião Rosa, disse que as empresas associadas à entidade não vendem esse tipo de pacote. “Mas temos a informação de que a central de reservas da fazenda onde ocorriam os safáris é em São Paulo e, se ela oferecia esse tipo de pacote, foge ao conhecimento dos profissionais daqui do estado”. A página da fazenda na internet está fora do ar.

Nilde Brum, diretora da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), declarou que não há registro oficial da pousada como empreendimento turístico no órgão estadual e nem no Ministério do Turismo. A Fundtur já pensa em intensificar uma campanha mostrando que, no estado, a maioria das fazendas de turismo no Pantanal respeita a lei.

Somente no ano passado, cerca de 1,5 milhão de pessoas visitaram Mato Grosso do Sul, sendo que 200 mil só pra conhecer as belezas da região pantaneira.

Safári ilegal

O Ibama já multou a fazendeira em R$ 105 mil que estaria organizando safáris de caça no Pantanal. O agravante, segundo o Ibama, é que a caçada era organizada em uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN). O laudo dos cranios de onça e 16 galhadas de cervos apreendidas na propriedade apontou que os animais foram mortos há pouco tempo, já que foram encontrados vestigios de carne e tendões e em um dos crânios tem furo provocado por um tiro.

As 12 armas apreendidas pela Polícia Federal (PF) e as munições foram levadas para Campo Grande e serão periciadas na Superintendência Regional da PF. A fase agora é de elaboração dos laudos periciais e identificação das pessoas que aparecem no vídeo gravado durante as investigações.

O advogado de defesa da fazendeira informou que enviou uma assessora até Corumbá para ter acesso as informações do inquérito e vai pedir uma perícia no vídeo das caçadas. (Informações da TV Morena)

 

Por: Da Redação