Três dias depois do domingo de eleições, o MDB decidiu, na tarde desta quarta-feira (10), que apoiará Odilon de Oliveira (PDT) no segundo turno em Mato Grosso do Sul. O posicionamento do partido já havia sido adiantado durante a manhã.
A decisão foi anunciada em coletiva de imprensa, na tarde desta quarta. Junior Mochi (MDB), deputado estadual e candidato ao Governo pela sigla, afirmou que a decisão não foi consenso no partido, mas representou o desejo da maioria das lideranças da legenda.
Na sequência, Odilon, que também participou do ato, afirmou que “Mato Grosso do Sul está recebendo um apoio ético”. O pedetista disse que está se unindo a pessoas “de ficha limpa, de moralidade, de um partido limpo”.
Sobre o líder do MDB que continua detido em razão da Operação Lama Asfáltica, André Puccinelli, o candidato que recebe apoio da legenda ressaltou as qualidades do ex-gestor.
“Puccinelli já prestou serviços a sociedade, está em um lugar que ninguém gostaria, não falei diretamente com ele e tratei as questões com Junior Mochi e com outros integrantes do partido, como o senador Moka. Então Puccinelli já cumpriu o papel dele no Estado”, disse Odilon.
Discussões e apoio
As discussões sobre o apoio no segundo turno se intensificaram na segunda-feira (8), quando lideranças da sigla se reuniram no diretório do partido. A decisão de apoiar Odilon de Oliveira, no entanto, não foi unanimidade entre os emedebistas.
A senadora Simone Tebet chegou a afirmar que o partido deveria se manter neutro no segundo turno e não apoiar nenhum dos dois candidatos para que “ressurgisse das cinzas”.
O deputado estadual Paulo Siufi, na manhã de hoje, revelou haver racha no partido por posicionamentos contrários entre integrantes da legenda. (Midiamax)