O rio Paraguai enfrenta um declínio acentuado, alcançando 41 centímetros abaixo do nível de referência, de acordo com medições do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste. Este cenário alarmante se aproxima dos níveis mais baixos já registrados, observados durante as secas de 1964 e 2021. Em comparação, no mesmo dia em 2021, o rio estava a 60 centímetros negativos, e a velocidade da queda atual é preocupante, já que três anos atrás esse nível foi atingido apenas em outubro.
As projeções do Serviço Geológico do Brasil indicam que a queda nos níveis do rio deve continuar nas próximas semanas, com uma previsão de chegar a 52 centímetros negativos até 2 de outubro. A pesquisadora Luna Gripp alerta que algumas estações já registram os menores níveis da série histórica, refletindo uma seca severa na bacia do rio. Apesar de algumas chuvas previstas, a quantidade é insuficiente para reverter a situação, especialmente considerando que, na última semana, a região recebeu apenas 5,5 milímetros de precipitação.
Esse baixo nível do rio tem impactos significativos na navegação, dificultando a movimentação de embarcações em trechos críticos e exigindo o uso de bombas flutuantes para garantir o abastecimento de água. Além disso, a degradação dos habitats aquáticos e o aumento na concentração de nutrientes elevam o risco de mortalidade de peixes, agravando ainda mais os problemas ambientais no Pantanal.
*Capital News