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Reúso de água nas operações da Vale sobe para 77%

 

No lançamento de seu Relatório de Sustentabilidade, nesta quarta-feira, 3 de julho, a Vale destaca, entre outros temas, os avanços em relação ao uso eficiente da água nas operações. Em sua totalidade, o índice médio de recirculação em 2012 foi de 77%, um aumento de sete pontos percentuais em relação a 2011. Com isso, a Vale deixou de captar 1,227 bilhão de metros cúbicos de água de fontes naturais, o equivalente a cerca de duas vezes o consumo anual da cidade do Rio de Janeiro. Parte desse resultado é reflexo dos investimentos em tecnologias voltadas para o desenvolvimento de programas e ações focadas na redução da demanda e do consumo de água. Só em 2012 foram investidos US$ 125,9 milhões na gestão de recursos hídricos na Vale.

Na Mina do Sossego, localizada em Canaã dos Carajás, no Pará, a recirculação de água na usina de beneficiamento do cobre chega a 99%. O crescimento é resultado de melhorias que vêm sendo implementadas desde 2008, quando foi feito o balanço hídrico do projeto e desenvolvidas ações para diminuir o uso de água nova. Com o resultado no Sossego, houve uma redução anual no volume total de água captada de 900 mil metros cúbicos – que anteriormente era bombeada do Rio Parauapebas -, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes por seis meses.

Já no Complexo Minerador de Carajás, em Parauapebas, sudeste paraense, houve uma redução de 24% na captação devido às mudanças no processo de peneiramento do minério de ferro, que passou a ser feito a partir de sua umidade natural, eliminando a necessidade de água nova. Carajás representa cerca de 5% de toda a captação de água da empresa. “Hoje, das dez operações com maior captação de água, nove estão em regiões em que o risco de estresse hídrico, ou seja, o potencial de escassez, está abaixo de médio”, explica Bernadette Backx, gerente de Recursos Hídricos da Vale.

Os resultados obtidos pela empresa refletem o alinhamento com os diversos esforços de cooperação pela água, contribuindo, assim, para garantir os múltiplos usos do insumo, atuais e futuros. A empresa participa ativamente de ações de engajamento para o desenvolvimento de políticas públicas, a partir de discussões globais e locais sobre a água. Pautada pelo compromisso de contribuir com o gerenciamento de recursos hídricos, ainda atua nos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBH), onde são discutidos e priorizados os usos da água nas bacias. Entre outros, a Vale participa dos CBHs dos rios Paraopeba, Velhas, Doce, Piranga, Piracicaba e Santo Antônio, todos em Minas Gerais. A empresa participa ainda de fóruns de discussões técnicas no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e no Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).

Pegada hídrica

No ano passado, a Vale iniciou estudos com o objetivo de avaliar os conceitos e aplicabilidade da ‘pegada hídrica’ em suas operações. Este indicador aponta o consumo de água doce direta e indiretamente envolvido no processo produtivo de bens de consumo e serviços. A empresa desenvolveu um projeto para avaliar a aplicação técnica, metodológica, institucional e econômica da pegada hídrica, além de ter promovido um encontro interno para divulgar o tema e avaliar suas implicações nas atividades de mineração. “É preciso verificar na prática a aplicação de algumas metodologias existentes para a quantificação da pegada e o potencial de correlação deste indicador em relação às condições naturais de disponibilidade hídrica das diferentes regiões onde atuamos”, conclui a gerente de Recursos Hídricos.

Relatório de Sustentabilidade 2012

A Vale manteve, pelo quarto ano consecutivo, o nível de aplicação A+, o mais alto em transparência, e apresenta seu desempenho nas dimensões econômica, ambiental e social, seguindo a metodologia da Global Reporting Initiative (GRI). Em 2012, a empresa reportou 86 indicadores, com o relato de todos os itens de perfil, dados sobre gestão, indicadores de desempenho essenciais e Suplemento Setorial de Mineração e Metais. O documento passou por verificação externa independente, levando em consideração os princípios do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês). O relatório também demonstra a correlação com os princípios do Pacto Global das Nações Unidas. A versão completa do Relatório de Sustentabilidade 2012 da Vale está disponível no endereço da empresa na internet: www.vale.com/rs2012

Conheça alguns destaques do relatório:

Em 2012, a Vale investiu US$ 1,342 bilhão em ações socioambientais, sendo US$ 1,025 bilhão (76%) em dispêndios ambientais e US$ 317,2 milhões (24%) em ações sociais.

Foram investidos US$ 63,7 milhões em educação no Brasil. Em 2012, a Vale conseguiu reduzir o déficit educacional entre seus empregados próprios no Brasil em 14%.

A Vale protege ou ajuda a proteger 13,7 mil quilômetros quadrados, uma área cerca de nove vezes maior que a cidade de São Paulo. As áreas protegidas são quase três vezes maiores que o total das unidades operacionais da empresa (4,7 mil quilômetros quadrados).

As ações da Fundação Vale beneficiam, direta ou indiretamente, 745 mil pessoas.

Os investimentos em projetos de eficiência energética, em 2012, somaram US$ 22,3 milhões. Outros US$ 3,8 milhões foram investidos em serviços de engenharia, focados na redução do consumo de energia em unidades operacionais e projetos de capital. Hoje, 20% da matriz energética da Vale vêm de fontes renováveis.

A empresa está engajando a sua cadeia de valor como uma das ações que integram o compromisso de reduzir em 5% as emissões globais de Gases do Efeito Estufa (GEE) projetadas para 2020. Em 2012, 170 fornecedores foram treinados em inventário de emissões de GEE.

A Vale foi reconhecida como uma das 100 empresas mais sustentáveis do mundo, integrando o ranking Global 100, organizado pela instituição canadense Corporate Knights, nos quesitos uso de energia, emissão de CO2, inovação e saúde e segurança.

 

Por: Da Redação