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Novo superintendente da Ahipar quer mais investimentos na hidrovia

Marcos de Souza Martins (Foto: Divulgação)

 

Marcos de Souza Martins (Foto: Divulgação)

Nomeado pelo ministro dos Transportes, César Borges, o ex-vereador com cinco mandatos em Corumbá, Marcos de Souza Martins, 43, assumiu a superintendência da Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai), com sede na Cidade Branca. Com pós-graduação em gestão pública, o novo dirigente aquaviário pretende implementar uma nova política de fomento ao transporte fluvial no Estado.

Ainda tomando conhecimento da situação administrativa da empresa vinculada ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Marcos Martins se deparou com a falta de recursos financeiros para potencializar uma das hidrovias mais importantes do País. Via natural, o Rio Paraguai liga Cáceres (MT) e Corumbá aos portos da Argentina e Uruguai, desaguando no Oceano Atlântico.

“Nosso grande desafio é garantir investimentos públicos na hidrovia, que tem todas as condições para ser um dos eixos estratégicos para escoamento da produção primária de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, disse o novo superintendente. Segundo ele, o governo federal deve dar estrutura e confiabilidade a via para atrair operadores e reabrir portos hoje fechados, como ocorre em Cáceres e Ladário.

Ligado politicamente ao senador corumbaense Delcídio do Amaral (PT), Martins pretende debater a situação da hidrovia com a bancada federal e com o governo estadual, visando viabilizar um dos meios de transportes mais baratos. Ele disse que a hidrovia não necessita de grandes investimentos em infraestrutura. “Falta gestão, suprimir alguns gargalos e garantir o uso da via o ano todo”, completou.

Plano Estratégico – O novo superintendente assume a Ahipar num momento favorável, com o Ministério dos Transportes anunciando a conclusão do Plano Hidroviário Estratégico (PHE), que pretende quadruplicar o transporte fluvial. “Respeitando as condicionantes ambientais é possível tornar a nossa hidrovia em um grande corredor de riquezas, como foi no passado”, disse Martins.

O PHE, financiado pelo Banco Mundial, tem como meta o aumento do transporte de carga dos atuais 25 milhões para 120 milhões de toneladas de carga até 2031. Hoje, a Hidrovia do Paraguai transporta basicamente minério de ferro, com movimento de carga previsto para 2013 de seis milhões de toneladas. Já exportou soja e seus derivados de Mato Grosso e da Bolívia e açúcar de Porto Murtinho.

O objetivo é melhorar a qualidade das atuais hidrovias brasileiras e expandir a rede hidroviária em mais de 3 mil quilômetros, além de otimizar o seu potencial comercial. “O plano vai permitir que seja quintuplicada a capacidade de escoamento de produção nas hidrovias do país”, completou. “É importante somar forças para tirar o PHE do papel e torná-lo realidade”, explicou o ministro César Borges.

Investimentos – O estudo incluiu todas as hidrovias que já acomodam fluxos de carga igual ou superior a 50 mil toneladas anuais: Amazonas/Solimões e Negro, Madeira, Tapajós e Teles Pires, Tocantins, Araguaia, São Francisco, Parnaíba, Tietê e Paraná/Paraguai, Hidrovias do Sul (Taquari, Jacuí e Lagoa dos Patos). Serão investidos até 2024 cerca de R$ 17 bilhões em obras de ampliação do modal.

 

Por: Da Redação