Curso de Especialização em Guerra Anfíbia realiza treinamento de assalto ribeirinho em Ladário
No alvorecer deste 27 de abril, Ladário deixou de lado a tranquilidade costumeira de suas manhãs para se tornar cenário de guerra. Era o treinamento de assalto ribeirinho que os 70 fuzileiros navais inscritos no Curso de Especialização em Guerra Anfíbia (C-EspGAnf) / Estágio de Guerra Anfíbia (E-EGAnf) realizaram nas ruas da cidade.
Logo às 6 horas da manhã, o vento frio, que soprava a 13 graus nas margens do Rio Paraguai, foi movimentado com a chegada de uma aeronave do 4º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-4). Ali, no Porto Geral ladarense, o figurativo inimigo, composto por 26 homens, iniciou a série de tiros em revide ao desembarque dos alunos. O adestramento da tropa de infantaria saiu do Rio Paraguai e finalizou na Igreja Nossa Senhora dos Remédios.
Além dos alunos e figurativos, 19 instrutores e 15 profissionais de apoio compunham os 130 militares envolvidos no exercício. “Não só essa simulação, mas todo o curso visa a qualificar e capacitar os alunos do Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW) e os Guardas Marinha da Escola Naval. O objetivo é fazer com que o Tenente esteja pronto para comandar um pelotão, que é uma célula importante dentro dos Fuzileiros Navais”, explica o Capitão Tenente Fuzileiro Naval Danilo Lopes, encarregado do curso.
Entre os alunos, é uníssono que o preparo físico é tão importante quanto o psicológico. A 2º Tenente Fuzileira Naval Débora Freitas, que será a primeira combatente mulher no Brasil, diz que o desafio é grande, mas o mais importante é se manter firme ao objetivo, independente de quaisquer obstáculos que possam surgir.
O Comandante do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), Organização Militar responsável pelo C-EspGAnf, Contra-Almirante Luiz Artur Rodrigues Nunes, viu no exercício “um coroamento de uma fase importante do curso, que segue por mais duas ou três semanas, com o adestramento em outros tipos de operações, como, por exemplo, operações anfíbias.”
O curso contou com o apoio logístico do Comando do 6º Distrito Naval na parte de transporte e alojamento para alunos e instrutores, além do emprego de navios, embarcações e aeronave.
O Comandante do 6º Distrito Naval, Contra-Almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, destacou a importância do curso para a região: “O Pantanal tem características peculiares e uma importância estratégica para o país. Esse tipo de exercício serve para mostrar como a Marinha do Brasil está sempre preocupada em defender nossas riquezas.”
Por: Da Redação