Empregados do Carrefour em Campo Grande estão sendo explorados, pressionados, intimidados e até ameaçados de demissão se não cumprirem as duras regras de trabalho estabelecidas pela empresa que consiste, entre outras coisas, a trabalhos forçados de até duas semanas ininterruptas de trabalho, sem nenhum dia de folga. A denúncia e constatação foi feita pela diretoria do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande – SEC/CG, que ficou “pasmada” com tamanhos absurdos e até “desumanos” impostos aos empregados.
A diretoria do sindicato notificou a empresa a reverter imediatamente as irregularidades sob ameaça da entidade entrar com requerimento de fiscalização e punição no Ministério Público do Trabalho e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.
A diretora do sindicato, Rúbia Santana, foi a primeira a constatar as irregularidades e o clima de tensão reinando na empresa. Empregados fizeram as denúncias dizendo que não agüentavam mais a pressão a que vinham sendo submetidos. Além do trabalho ininterrupto durante até 14 dias como foi constatado em muitos casos de empregados, eles denunciaram outras irregularidades como: Mesmo começando trabalhar às 7 horas da manhã, não eram liberados antes das 13h30 para o almoço na própria empresa. São inúmeros casos de funcionários, quando liberados nesse horário, quase não tinham mais o que comer na cantina da empresa.
Além disso, a empresa vinha promovendo irregularmente o banco de horas de funcionários. Esse instrumento só pode ser utilizado se acordado com o sindicato laboral. O que não é o caso, informa Rúbia Santana. Existem denúncias também de horas trabalhadas e não registradas de nenhuma forma. Logo, não foram pagas.
Nesse período de Natal, o trabalho dobrou. Os funcionários também estão sendo obrigados a se desdobrarem para dar conta de tudo. E outra denúncia grave foi levada a conhecimento do sindicato da categoria: A empresa obrigou repositores e pessoas de outros setores a ocuparem também os caixas e ameaça: quem não obedecer está passível de advertência, punição e até demissão. “O clima é tenso na empresa. Os funcionários estão aparentemente cansados, esgotados e se sentem de mãos atadas diante de tamanhos absurdos a que são submetidos todos os dias”, conta Rubia Santana que esteve na empresa e constatou documentalmente algumas irregularidades como o trabalho ininterrupto durante até 14 dias, sem folga.
O presidente do SEC/CG, Idelmar da Mota Lima disse que se a empresa não reverter imediatamente essas e outras irregularidades que foram constatadas, o caso será levado para os órgãos de fiscalização.
Por: Da Redação