Frentistas e demais empregados em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul querem piso salarial de R$ 900,00 a partir de 1º de março, data base da categoria, informa Gilson da Silva Sá, presidente do Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviço de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso do Sul), que encaminhou essa e outras reivindicações à classe patronal para serem aprovadas.
“Lembramos que esse valor está bem abaixo do piso nacional que está sendo reivindicado para vigorar em todo o Brasil”, explicou Gilson Sá. Ele afirma também que o volume de trabalho nos postos aumentou bastante e isso, por si só, justifica um reajuste do piso da categoria. Os números da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, mostram isso: De 2006 para cá, a venda de combustíveis (gasolina, diesel, álcool e gás) aumentou muito, passando de 1.388,601 metros cúbicos vendidos no Estado naquele ano (2006) para mais de 2 milhões de metros cúbicos no ano passado.
Os empregados querem também participação no lucro dos postos. Esse benefício aos empregados, segundo Gilson, tem respaldo na Lei nº 10.101 de 19/12/2000.
Para os empregados que exercem a função de chefe ou líder de pista, receberão dois pisos salariais da categoria, devidamente acrescidos de seus respectivos adicionais.
Sobre o trabalho nos feriados, a reivindicação é de que as horas laboradas nos feriados, assim definido pela legislação federal, estadual ou municipal, terão um adicional de 150%. E para cada feriado trabalhado o empregado terá uma folga na semana subseqüente.
O aumento de venda de combustíveis em Mato Grosso do Sul tem provocado uma sobrecarga de trabalho principalmente dos frentistas, que são obrigados a se desdobrarem para dar conta do crescente número de veículos que aumentou em praticamente todas as cidades sul-mato-grossense. “Acreditamos que aumentou a frota de veículos do Estado por conta da economia nacional que vai muito bem. O Brasil está atravessando uma ótima fase em sua economia. O desemprego praticamente inexiste em quase todos os setores”, explicou Gilson Sá. Para ele, é justo que as empresas promovam as devidas retribuições ao trabalho dos empregados que aumentou bastante. “Basta analisarem os números apresentados pela ANP que acompanha a venda mensal de combustível em todos os municípios de Mato Grosso do Sul”, explica.
SEGURANÇA
O Sinpospetro/MS alerta também os empresários para que não descuidem das medidas de segurança nos postos de combustíveis, principalmente nos horários de pico de vendas. Os funcionários, segundo Gilson Sá, precisam permanecer com os equipamentos de proteção recomendados, para evitar acidentes ou contaminação pela inalação ou contato direto do combustível com a pele das pessoas.
“Insistimos para o cumprimento das normas de segurança para proteger nossos trabalhadores. Sabemos que nem todos os empresários cumprem com as normas estabelecidas em lei”, adverte o sindicalista que vai mais longe com relação ao problema da “superpopulação” de veículos principalmente em Campo Grande: “Muitos semáforos passaram a ficar mal sincronizados pois o volume de veículos trouxe uma nova realidade para nossas ruas. Os técnicos em trânsito têm que ficar atentos a isso e efetuar mudanças imediatamente em alguns cruzamentos que já estão apresentando sérios problemas de engarrafamento”, alerta o sindicalista. (Informações de Wilson Aquino)
Por: Da Redação