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FETEMS rejeita proposta de reajuste salarial apresentada pelo Estado

 

Em reunião, na manhã desta quinta-feira (3), entre uma comissão da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e o governador, André Puccinelli (PMDB), na casa civil, foi apresentada uma proposta, pelo Governo do Estado, de 6% de reajuste salarial para os administrativos da educação. Após a reunião a diretoria da Federação anunciou que é totalmente contra a proposta apresentada pelo Governo e se as negociações não forem reabertas existe a possibilidade de paralisações na rede estadual de ensino.

Segundo o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, a Federação está na luta para que os administrativos da educação tenham 17% de reajuste salarial nos próximos três anos, para que em 2014 a categoria esteja recebendo o equivalente ao Piso Salarial Nacional do magistério, estabelecido pela Lei nº 11.738. “É inadmissível termos trabalhadores em educação, administrativos, dentro das escolas de Mato Grosso do Sul, recebendo menos que um salário mínimo”, afirma.

De acordo com a secretária dos funcionários administrativos da educação da FETEMS, Idalina Silva, a Federação também reivindica a inclusão dos administrativos da educação no Estatuto dos Trabalhadores em Educação do Mato Grosso do Sul, Lei Complementar nº 0087/2000. “Dessa maneira eles terão os seus direitos de educadores garantidos e questões como o reajuste salarial serão debatidas juntamente com o magistério”, disse.

A presidente do SIMTED (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) de Ponta Porã, Denize Silva de Oliveira, que participou da reunião representando os sindicatos afiliados a Federação, informou que a FETEMS não descarta a possibilidade de paralisação na rede estadual de ensino. “Vamos nos reunir em Assembleia Geral na próxima quarta-feira (9) e vamos debater um calendário de reivindicações com os 71 sindicatos afiliados a Federação, não descartamos a possibilidade de uma greve na rede estadual. Infelizmente enquanto os nossos gestores públicos não entenderem que a valorização profissional é um dos principais caminhos para alcançarmos a educação pública de qualidade, teremos que continuar usando ferramentas de luta como as mobilizações e paralisações”, ressalta.

Já para o presidente do SINTEDE de Campo Grande, Wilds Ovando Pereira, sindicato que representa os administrativos da educação da capital, a proposta do Governo do Estado é lamentável, mostra a desvalorização e o descaso com a educação pública por parte do atual governador. “Somos educadores, estamos no dia-a-dia dentro das escolas, lidando diretamente com os alunos e trabalhando para o bom funcionamento do ensino público em nosso Estado, esperávamos, no mínimo, valorização por parte do Governo, atualmente temos que lidar com a desvalorização e com o descaso, falta funcionários nas escolas e não somos reconhecidos pelo trabalho que prestamos para a construção de uma escola pública de qualidade em MS”, conclui.

Atualmente existem cerca de 7.500 funcionários administrativos da educação em Mato Grosso do Sul. O salário base atual da categoria é R$ 567,10, com o reajuste salarial os administrativos passarão a receber o valor do salário mínimo R$ 622.

 

Por: Da Redação