A segurança dos 5 mil trabalhadores que trabalham em postos de combustíveis em Mato Grosso do Sul, quer contra assaltos ou pelo manuseio de produtos químicos, é a principal meta da diretoria do Sinpospetro (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso do Sul) eleita ontem no Estado. Esta foi a primeira eleição da entidade depois que foi criada há cinco anos, informa Gilson da Silva Sá, que já ocupava a presidência e agora foi reconduzido à direção da entidade.
O processo eleitoral foi acompanhado por Estevão Rocha dos Santos, vice-presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul, que presidiu a mesa de apuração, e pelo sindicalista José Lucas da Silva, presidente da Feintramag (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e membro da executiva nacional da CGTB.
Urnas de apuração foram instaladas em diversos municípios do Estado e reconduzidas lacradas à Capital, onde, na presença de autoridades do Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertas, conferidas e contados os votos.
A diretoria encabeçada por Gilson da Silva Sá foi eleita com mais de 900 votos, para os próximos 5 anos. “Vamos corresponder às expectativas dos nossos companheiros, lutando pelos seus direitos e por melhores condições de trabalho e de salário”, afirmou o presidente eleito.
SAÚDE
Os problemas mais comuns entre os trabalhadores em postos de combustíveis, segundo Gilson Sá, são o perigo de contaminação com hidrocarboneto, benzeno e outros produtos químicos que podem provocar sérios problemas de saúde nas pessoas, como leucemia e pode levar até à morte, como já aconteceu recentemente em Dourados, com um homem que foi contaminado devido ao constante manuseio de combustíveis e acabou morrendo.
Outro problema sério no mercado sul-mato-grossense, segundo o Sinpospetro, diz respeito à falta de pagamento de horas extras dos funcionários de postos. “Ficaremos atentos a todos esses problemas para lutarmos incansavelmente para impedir que aconteçam”, afirmou o sindicalista.
Quanto aos assaltos a postos que traumatizam trabalhadores, principalmente frentistas, o Sinpospetro pede que os donos de postos aumentem a segurança nesses locais e também que a polícia atue de maneira mais eficaz para conter a criminalidade.
Por: Da Redação