Corumbá

Professores de Corumbá têm melhor salário do MS, aponta FETEMS

 

Os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Corumbá recebem o maior salário do Estado. É o que aponta o ranking divulgado nesta quinta-feira (10) pela Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS). Por 40 horas/aula, a Prefeitura de Corumbá remunera os educadores em início de carreira com R$ 2.658,80 mensais. O valor é mais de 71% superior ao piso nacional da categoria, que hoje é de R$ 1.451,00.

Além da remuneração, Corumbá também atende integralmente o período de 1/3 da carga horária para a chamada hora-atividade para planejamento de aulas. Isso foi possível graças à convocação de mais 100 professores aprovados no Concurso Público de Provas e Títulos realizado pelo Executivo Municipal em 2011. Em todo o Estado, apenas 19 dos 79 municípios avaliados pela FETEMS cumprem integralmente a determinação do Ministério da Educação (MEC).

Com salário de R$ 2.085,42, Campo Grande ocupa a segunda colocação do ranking. Entretanto, a Capital não cumpre com o tempo de hora/atividade, segundo a Federação Estadual. É a mesma situação de Caracol, terceira posicionada com remuneração de R$ 2.067,80. Paranaíba (R$ 2.019,00) e Água Clara (R$ 1.780,00) aparecem na quarta e quinta posição, respectivamente. Bataguassu paga R$ 1.777,06 para 44 horas/aula, mas também descumpre a hora-atividade.

Na sétima colocação vem Naviraí, com R$ 1.771,32 por 40 horas/aula. O município é outro que atende integralmente a Lei do Piso Nacional do Magistério. Paranhos, com salário de R$ 1.762,70, vem em oitavo. O nono melhor salário pago aos profissionais de educação de Mato Grosso do Sul é de Ladário: R$ 1.701,80. Dois Irmãos do Buriti (R$ 1.626,68) fecha o TOP 10 do ranking. As três últimas cidades ainda não implementaram o 1/3 de hora atividade. Confira o ranking completo aqui.

Avanço

O caminho percorrido para que Corumbá passasse a ter o maior salário pago para professores em Mato Grosso do Sul, e também um dos maiores do Brasil, começou em 2005. Naquela época, um graduado em início de carreira era remunerado em R$ 521,18 por 20 horas de trabalho semanais. Pouco mais de sete anos se passaram e agora estes profissionais recebem R$ 1.469,40, um aumento de 181,94%, com ganho real, descontando a inflação, de 96,05%.

Seguindo a política implantada pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, o aumento na remuneração acompanha o nível de instrução do profissional. Em 2005, um pós-graduado recebia R$ 651,48 por 20 horas. Em 2012, o valor saltou para R$ 1.856,22. São 184,92% a mais, sendo que o ganho real da remuneração fica em 98,12%, ao se descontar a inflação no período. Já professores com mestrado recebiam R$ 716,59 por 20 horas de trabalho.

Para equiparar o salário com o nível de instrução conquistado, a remuneração teve reajuste de 215,32%. Agora, um mestre recebe R$ 2.243,04 para dar aulas nas escolas municipais de Corumbá. O ganho real foi de 117,66%. Os profissionais com doutorado recebiam apenas R$781,74 por mês, 261,30% a menos do que recebem hoje. A remuneração em 2012 chega a R$2.758,80 por 20 horas de trabalho. Um ganho real de 145,40%, descontando a inflação entre janeiro de 2005 e abril de 2012.

Mais benefícios

Reconhecendo o trabalho e os desafios diários enfrentados pelos professores da Rede Municipal de Educação, a Prefeitura de Corumbá também oferece mais gratificações para estes profissionais. São elas: auxílio-alimentação de R$ 180 por mês; adicional de incentivo ao magistério (regência de classe) de 5% sobre o vencimento base, sendo que este será reajustado a partir de 1º de agosto para 8,5%.

Quem possui escolaridade superior à exigida para o seu cargo efetivo recebe adicional de incentivo à capacitação de 5 a 20% sobre o vencimento. A cada cinco anos, o servidor faz jus a 5% de adicional por tempo de serviço, sendo limitado até 35%. Os profissionais que exercem cargos na Zona Rural recebem gratificação, pelo exercício em local difícil acesso, de 20% sobre o vencimento base e complementação de carga horária.

 

Por: Da Redação