Corumbá

Para prefeito Paulo Duarte, Coleta Seletiva marca início de um novo tempo em Corumbá

O prefeito Paulo Duarte lançou ontem o programa coleta seletiva em Corumbá (Foto: PMC)

 

O prefeito Paulo Duarte lançou ontem o programa coleta seletiva em Corumbá (Foto: PMC)

“O início de um novo tempo”, dessa forma o prefeito Paulo Duarte resumiu a importância do evento oficial de lançamento da Coleta Seletiva de Corumbá, realizado no Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gómez nesta quarta-feira, 5, não por coincidência no Dia Mundial do Meio Ambiente.

“Essa não pode ser uma causa de uma prefeitura ou de um prefeito, tem de ser de toda a comunidade, agentes comunitários, com todos engajados e cada um fazendo sua parte. Dessa forma, eu tenho certeza que a Coleta Seletiva dará certo e Corumbá se tornará uma referência também em preservação ambiental”, disse. “A Coleta Seletiva não é uma coisa que está na moda simplesmente. É uma questão de sobrevivência para as próximas gerações, que merecem ver e viver aquilo que estamos experimentando nesse bioma riquíssimo que é o Pantanal. Em 2050 teremos 9 bilhões de habitantes, em um mundo altamente consumista. Se começarmos a agir já, temos chance de construir um futuro sustentável”, acrescentou.

O prefeito destacou também a importância de uma ação integrada de todas as secretarias e fundações da administração municipal para o sucesso do programa. No evento de lançamento, que contou com casa cheia, representantes de todas as pastas marcaram presença, além de autarquias estaduais, federais, militares, iniciativa privada e associações da sociedade civil.

Segundo a presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Luciene Deová, o novo sistema de Coleta Seletiva carece da mudança de hábito da população. “Em face da vida moderna e do consumismo exagerado, os prejuízos ao Meio Ambiente são crescentes. Com a Coleta Seletiva buscamos uma nova conscientização ambiental, essencial para evitar também a proliferação de vetores de doenças, como a dengue”, disse.

Coleta Seletiva

A Coleta Seletiva visa recolher o lixo residencial reciclável, o chamado “lixo seco” que inclui muitos itens que podem ser reutilizados, reaproveitados ou processados na reciclagem. Essa coleta será feita por um caminhão especialmente adaptado, que passará duas vezes por semana, em uma primeira etapa, nos bairros Centro, Dom Bosco, Universitário e em parte do Arthur Marinho. Os moradores dessas regiões precisam somente colocar o lixo reciclável na calçada, respeitando sempre os dias e o horário da coleta seletiva. O caminhão passará por esses locais às terças e quintas-feiras, à partir das 18h30.

Duas associações de catadores, a Vale da Esperança e Preservadores do Meio Ambiente, farão a triagem e separação do lixo seco, atividade que irá gerar renda e beneficiar cerca de 30 famílias. A previsão é de uma coleta de 10 toneladas de materiais recicláveis por mês, que serão doados aos catadores. “Com a cidade mais limpa, com menos lixo na rua, também se evita o entupimento de bueiros, galerias e bocas de lobo e se reduz o risco de infestação de doenças”, acrescentou Luciene Deová.

O trabalho de divulgação do projeto está sendo realizado por educadores ambientais da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, agentes comunitários e agentes de saúde em escolas e bairros por meio de panfletagens e palestras.

Na segunda etapa do projeto, serão instalados vários PEVs – Pontos de Entrega Voluntária, locais onde qualquer pessoa pode depositar o material reciclável, independentemente dos dias, horários e locais da coleta feita pelo caminhão.

O que separar

Papeis, como folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas de papelão e embalagens Longa Vida, cartolina e cartões, impressos em geral, envelopes e rascunhos escritos, fotocópias e folhetos podem ser separados para a coleta seletiva. Além disso, metais, como latas de alumínio e de aço, de conservas, molhos etc., ferragens, canos, esquadrias, cobre e arames. Entram nessa categoria também os plásticos, potes de alimentos, garrafas PET, embalagens de material de limpeza e higiene, PVC, sacos e tampas plásticas, brinquedos e utensílios como baldes e bacias. Por fim, os vidros, potes, copos, garrafas, embalagens de molhos, conservas e alimentos. No entanto, para que o lixo útil tenha valor, é preciso que esteja limpo e seco.

Não-reciclável

Alguns materiais necessitam de destinação especial, portanto não devem ser misturados ao lixo comum. É o caso de lâmpadas, pilhas, baterias, espelhos, cerâmicas, porcelanas, cristais, ampolas de medicamentos, cabos de panelas, tomadas, teclados de computador, acrílicos, adesivos, espumas, clipes, grampos, esponja de aço, latas de tinta ou de veneno, latas de combustíveis, fitas adesivas, fotografias, papeis metalizados, parafinados, plastificados, papel de fax e papel carbono.

 

Por: Da Redação