Aberta ontem à noite, no Parque de Exposição Belmiro Maciel de Barros, em Corumbá, a Feira Agropecuária do Pantanal (Feapan) confirma-se como grande evento do agronegócio regional com a rentabilidade apresentada pelo leilão de corte realizado pela Leiloboi. A maioria dos lotes foi vendida com preços acima da média de mercado num período de retração do setor.
Foram comercializados 300 animais das raças nelore e caracu e ainda cruzados e anelorados, com prazos de até 15 dias para pagamento, destacando o lote de 11 fêmeas (30/36 meses), arrematado por R$ 9.625,00. A média por animal (R$ 875,00) superou o valor de mercado, em torno de R$ 700,00. A média geral do leilão, segundo a Leiloboi, foi de R$ 892,72.
Os negócios prosseguem até amanhã. Hoje à noite será realizado o 9ª leilão da Fazenda Primavera, com 200 touros nelore para reprodução, e mais 20 animais produzidos pela Embrapa Pantanal. Neste sábado, acontece o 17º leilão do cavalo pantaneiro, com a participação de 50 animais de Corumbá e Campo Grande. Hoje tem prova de julgamento no parque, e amanhã, prova do laço.
Abertura
A feira foi aberta solenemente pelo presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Raphael Kassar, com a presença de lideranças do agronegócio estadual, pecuaristas e autoridades civis e militares. A Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS) foi representada pelo seu vice-presidente, Nilton Pickler. Uma comitiva ruralista da Bolívia prestigiou o ato realizado em frente a Casa do Produtor.
Em sua fala, o presidente Raphael Kassar disse que deveria abordar promessas não cumpridas, como a questão do Taquari ou o protecionismo estatal dado ao setor frigórifico, em detrimento aos pecuaristas, mas preferiu abordar a nova relação da classe produtora, condenada “ao obscurantismo da desinformação”, com a opinião pública, graças a ação ativa das lideranças ruralistas do país.
“Hoje o Brasil sabe que somos os maiores produtores de alimentos do mundo e detentores da maior reserva de água potável e de cobertura vegetal do planeta. O campo deixou de ser visto como um perverso feudo escravista, improdutivo e devastador das nossas riquezas naturais”, disse Kassar. Ele destacou também o fortalecimento da bancada ruralista em todo o país.
Por: Da Redação