Seis bailarinos da Cia do Mato subiram ao Palco Pantanal neste sábado (4), quarta noite do 10º Festival América do Sul, com uma proposta de mostrar as várias fases vividas pela dança contemporânea no passar dos anos. A companhia levou um ballet dramático e marcante para a plateia que conferiu tudo de perto e atenta.
A posposta de mostrar as diferentes linguagens da dança contemporânea foi desenvolvida e dirigida pelo coreógrafo do espetáculo, Chico Neller. “O coreógrafo desenvolveu através da sua linguagem o que este estilo de dança representa para ele. As impressões vêm desde que começou a trabalhar com dança”, explicou a bailarina Débora Higa.
Mostrando as linguagens de vão desde o antigo, passando pelo clássico e abordando o moderno e espetáculo traz as principais fases da dança contemporânea. Na estrada há um ano o espetáculo já foi apresentado em diferentes eventos nacionais. O grupo já participou do Festival de Joinville e ainda se apresentou em cidades como Dourados e Paranhos.
O figurino simples dá espaço à iluminação que conta com passagem de cores quentes para frias, que durante toda a apresentação, dão o tom a cada mudança de estilo. “As cores auxiliam o entendimento do público que percebe a cada troca de cor que estamos mudando o estilo apresentado. Não há uma troca de cena constante durante o espetáculo”, relata a bailarina Débora Higa.
Com técnica apurada e mostrando os estilos e tendências da dança os bailarinos levaram ao Palco Pantanal um espetáculo descontruído com movimentos sincronizados e coreografia extremamente marcada, utilizando todo o corpo para mostrar os movimentos. “É uma viagem ao imaginário”, completa a bailarina.
Cia do Mato, A Meu Ver
A Cia do Mato, criada em 1999 por Chico Neller e Diógenes Antônio, reuni bailarinos de diversas escolas ou ex-bailarinos para participarem de importantes festivais de dança levando assim, a dança sul-mato-grossense para diversos lugares do país. O espetáculo A Meu Ver desenvolve ao seu tempo uma linguagem particular que passa por alguns códigos pré-estabelecidos no desenvolver da dança contemporânea, propondo uma junção destes códigos, enfatizando a possibilidade de sua união no mesmo espaço e tempo criativos.
O espetáculo conta com as bailarinas Débora Higa, Camila Alencar, Laiane Paixão, Lucélia Costa, Nathália Spósito; o bailarino Paulo Henrique Oliveira, iluminação de Espedito DiMontebranco e criação e direção artística de Chico Neller.
Por: Da Redação
