Nunca diga a um filho que ele é “danado”, “preguiçoso”, “burro”, que “não tem jeito” ou que “não presta”. Da mesma forma, a você mesmo, evite conclusões como: “Eu não consigo aprender isso”, “Estou morrendo de fome”, “Só faço burrada”. Também não diga a ninguém: “Espero que quebra a cara”, “seu infeliz”, “quero que morra”, pois, as palavras têm vida e podem se materializar. Se forem boas, serão bênçãos; más, maldição.
Pessoas têm o hábito de proferir palavras maldosas ou negativas a respeito inclusive de membros da própria família, mesmo sem a real intensão de ofender ou rotulá-las. Entretanto, ignoram que as palavras têm poder quando proferidas sobre algo ou alguém.
Assim como um pai, uma mãe, tem o poder de materializar coisas boas na vida de um filho, desejando desde pequeno que ele seja forte, bondoso, honesto, trabalhador, inteligente… pode também amaldiçoá-lo quando o classifica com adjetivos negativos que o afetarão por toda a vida.
Quando alguém diz que é preciso ouvirmos mais e falarmos menos, medirmos as palavras que proferimos, diz uma grande verdade pois, como falamos besteiras! Principalmente nos relacionamentos sociais, corriqueiros. O problema se agrava quando proferimos palavras que amaldiçoam.
Esta semana soube de duas experiências realizadas com “palavras abençoadas” e “palavras amaldiçoadas” sobre dois produtos. No primeiro caso, foram colocados dois recipientes transparentes com água pura, colocados em cantos separados. Um deles recebia constantemente de um determinado grupo de pessoas, palavras positivas como “você é limpa”, “transparente”, “benéfica”, “saudável”, “necessária”, “vital”, “bela”… e no outro canto as pessoas proferiam palavras negativas e tudo de ruim que poderiam pensar e desejar para aquela água naquele recipiente. Palavras como: “maldita”, “você não presta”, “morra”, “apodreça”… no final de alguns dias de insistentes e constantes manifestações, as moléculas da água “positiva” apresentaram condições moleculares normais, porém traziam um brilho especial inexplicável. Ao contrário da outra que apresentou estranhos e pontiagudas formas moleculares em sua composição (alheias às condições normais de uma água) além de uma aparência misteriosamente opaca.
A outra experiência foi com uma poção de arroz cozido e dividido em duas partes que foram colocadas em recipientes iguais e em cantos separados onde, da mesma forma, uma recebeu os maiores “elogios” enquanto a outra, as maiores “críticas”. No final de determinado tempo, quando foram verificar esta última estava simplesmente apodrecida, enquanto a outra ainda estava apta para consumo.
Acreditemos ou não, as palavras têm vida, têm poder. O que desejamos ou pensamos sobre nós e as pessoas podem sim se materializar. Queiramos ou não. Daí o cuidado como que falamos e desejamos.
Deus, na sua infinita bondade, paciência e sabedoria, nos ensina de diversas formas sobre os cuidados que devemos ter ao falarmos. Em Provérbios 18:20,21 diz: “O que você diz pode salvar ou destruir uma vida, portanto, use bem as suas palavras”. Nesse mesmo Livro, Prov. 15:1, outra grande lição: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”.
E como na “cultura” brasileira os relacionamentos sociais são cheios de sátiras, ironias e críticas trocadas entre seus membros, como se fosse difícil ou quase impossível elogiar e enaltecer as qualidades uns dos outros, o Senhor também nos adverte sobre isso. Em Efésios 4:29, de maneira direta e objetiva: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”. Em Thiago 3:10, a comprovação de bênção e maldição: “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim”.
As Escrituras Sagradas, cheias de palavras como essas que nos enchem de fé e esperança, nos fazem pensar e desejar uma sociedade em que as pessoas façam assim, pratiquem mais o bem, estimulando e enaltecendo as virtudes e qualidades do próximo, estimulando-os serem melhores a cada dia. As coisas seriam muito diferentes. Muito melhores e provavelmente como aquela água abençoada da experiência: brilhante, útil e transparente.