Professores e funcionários de escolas e universidades particulares de Mato Grosso do Sul querem 20% de reajuste dos pisos salariais e 15% de aumento sobre os salários acima do piso, para vigorar a partir de 1º de março, data base das categorias. A decisão foi tomada em assembleia geral com a participação de dezenas de professores, coordenadores e funcionários de instituições de ensino particulares da Capital e interior de MS.
Eduardo Botelho, presidente do Sintrae/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no MS, setor privado) disse que esse percentual é justo e que está alicerçado em dados reais. Ele afirma também que “as mensalidades escolares foram reajustadas em novembro, dezembro ou janeiro, enquanto os trabalhadores do ensino privado só receberão com aumento o salário de março, em abril. São meses de ganhos para os patrões. Por isso sabemos que é possível uma remuneração justa e digna à categoria”, afirma.
Durante a assembleia, os trabalhadores analisaram as prioridades para a categoria da base territorial do sindicato, desde a educação infantil até o ensino superior. A vice-presidente do Sintrae/MS, Rita de Cássia Ribeiro, ressaltou que para novos avanços é importante a participação de todos. “O sindicato está pronto para auxiliar, orientar e defender as reivindicações e os direitos trabalhistas, no entanto é preciso somar forças. Os profissionais do setor privado devem se unir ao sindicato, trazer suas sugestões, reivindicações e até mesmo fazer denúncias sobre possíveis irregularidades”, explica.
Eduardo Botelho também teceu duras críticas ao tratamento dado aos aposentados e lembrou que o reajuste, para o ano de 2015, foi de 6,23%, enquanto o salário mínimo subiu 8,8%. Ele também alertou os trabalhadores quanto à alíquota para fins de recolhimento do INSS para se atingir o teto máximo da aposentadoria que hoje é R$ 4.663,75. “Para se atingir o teto deve-se recolher no máximo R$ 523,01, ou seja, 11% do salário”, explica Eduardo.
Botelho informou como é definido o valor da aposentadoria para cada trabalhador. “Para definir o valor do benefício que será pago, a Previdência contabiliza todos os salários recebidos pelo trabalhador desde julho de 1994, exclui os 20% dos menores salários e calcula a média com correção”, enfatiza.
Outra preocupação da categoria diz respeito ao cenário político nacional. As confederações, centrais sindicais, federações, sindicatos e movimentos trabalhistas articulam-se para enfrentamentos diante de possíveis ameaças aos direitos conquistados.
Por: Da Redação