Corumbá

Mídia de Corumbá conhece a beleza e ações da RPPN Eliezer Batista

RPPN Eliezer Batista: Imprensa faz passeio pela Trilha do Amolar

 

RPPN Eliezer Batista: Imprensa faz passeio pela Trilha do Amolar

Com ações voltadas para a conservação do múltiplo ambiente natural da Serra do Amolar, região do Pantanal de Corumbá considerada de valor universal excepcional pela sua biodiversidade, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) promoveu a visita de um grupo de profissionais da mídia corumbaense à RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Engenheiro Eliezer Batista, da qual é gestor.

A reserva criada em 2008 por iniciativa da empresa MMX, do empresário Eike Batista, integra o corredor ecológico de 273 mil hectares formado ainda pelo Parque Nacional do Pantanal e as RPPNs Acurizal, Dorochê, Penha e Rumo ao Oeste. A unidade ocupa 12.608 hectares da fazenda Novos Dourados, que tem uma área de 20.260 hectares entrecortados por morros, baías, lagoas e densa vegetação.

A presença dos meios de comunicação de Corumbá a esse complexo biológico busca estimular o testemunho, cada qual focando sua visão do ambiente e das políticas desenvolvidas, em relação a importância das reservas conservacionistas para o Pantanal e as ações socioambientais promovidas em apoio às comunidades – tradicionais ou não – situadas no entorno, margeando o Rio Paraguai.

Depois de uma longa viagem de lancha, percorrendo 185 km por água, o radialista Pedro Paulo Miranda (Rádio Clube), o jornalista Otávio Neto (O Corumbaense), a bióloga Tainah Navarro (articulista da Revista Pantaneira) e a estagiária Helem Viégas (site Capital do Pantanal) chegaram à reserva. A visita durou dois dias e meio, acompanhada por técnicos do programa de meio ambienta do IHP.

Emprego e renda

Os profissionais conheceram as atividades da reserva e do instituto, por meio de explanação da veterinária Fernanda Rabelo, com destaque para a criação da rede de proteção e conservação do Amolar – modelo único de gestão compartilhada no país. A rede, uma iniciativa do IHP, reúne o terceiro setor, o privado e o poder público, protegendo 273 mil hectares, incluindo o Parque Nacional do Pantanal.

A RPPN Eliezer Batista definiu como diretrizes prioritárias as ações de pesquisa e conservação da natureza integradas às ações socioambientais. Do total da área adquirida pela MMX, 7.651 hectares estão fora da reserva, de forma que os moradores (sete famílias) do entorno fossem mantidos no local. A RPPN gera oportunidades de emprego e renda a esta comunidade durante todo o ano.

Os visitantes da reserva participaram de várias atividades, que começaram no sábado de manhã com uma caminhada pela Trilha do Amolar, de 1,5 quilômetros. No caminho, pegadas de animais, como onças e lobinhos, e a cantoria dos pássaros. No final da trilha, topo de um morro, se observa o conjunto da serra e um grande vale, ambientes intocáveis, cuja contemplação é revigorante.

Outro paraíso

Na tarde de sábado, de barco, o grupo subiu o Rio Paraguai por cerca de 50 quilômetros, passando pela comunidade do São Lourenço, Parque Nacional do Pantanal e RPPN Acurizal. No parque, que fica na divisa do Estado com Mato Grosso, o chefe da unidade José Augusto Ferraz levou os visitantes a Baia do Burro, onde ficam os ninhais, e falou do projeto de turismo contemplativo para a área.

No domingo, último dia da visita, o pessoal da mídia corumbaense conheceu as comunidades do Porto do Chané, região ainda alagada pelo transbordamento do Rio Paraguai. As famílias desabrigadas, as quais vivem da venda de iscas aos pescadores, recebem assistência da reserva. A isqueira Rosa Divina, atacada por uma sucuri no novo acampamento, foi um dos moradores entrevistados.

 

Por: Da Redação