A denuncia partiu de moradores da região do distrito de Porto Esperança em Corumbá que, informaram estar sendo coagidos a venderem suas benfeitorias para intermediários de um suposto fazendeiro. O motivo da compra nunca foi claro e, apesar da justificativa apresentada pelo interessado ser para investimentos na região, documentos enviados a redação do Capital do Pantanal pode revelar o que de fato esta por trás disso.
O que causou estranheza em toda comunidade é a maneira impositiva que o intermediário vem agindo para conseguir o seu objetivo. Os imóveis que se renderam as ofertas do suposto fazendeiro também foram totalmente destruídos pelo mesmo, que ainda vem invadindo e cercando os lotes a qual não são de sua propriedade e ainda promovendo a derrubada de mata nativa na localidade.
O caso foi registrado na policia civil e alguns moradores já entraram com pedido na defensoria pública para reaver os prejuízos causados pelo interessado. Após publicada a matéria no Capital do Pantanal nos foi endereçado documentos que possam revelar o que de fato esta por trás de tanto interesse na retirada de moradores da região.
Apesar de se apresentar como representante de uma fazenda de recria e engorda de uma espécie de bovinos, os moradores desconfiam de uma mineradora com sede em Minas Gerais a qual entrou com pedido na Agencia Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq,) para construção e autorização de exploração de um terminal portuário de uso privativo e exclusivo. O pedido foi encaminhado em junho deste ano e seria referente a exploração de minério de ferro e manganês com investimentos na ordem dos 20 milhões de reais.
Além disso, a empresa já responde um processo na esfera federal movido pela união por dano ambiental, o mesmo caso que volta a ocorrer na região. Sendo qual for o motivo, seja pelo interesse da mineradora ou até mesmo de fazendeiros, o fato é que, de maneira nenhuma a forma utilizada para adquirir as benfeitorias que estão sob solo de domínio da união, poderia ferir o direito dos cidadãos e nem provocar perdas ambientais como os que podemos constatar nas fotos e registros feitos pelos moradores de Porto Esperança.
A invasão de propriedade, coação de pessoas e desmatamento de arvores nativas são crimes, e terão de ser acompanhados pela justiça a fim de garantir ao meio ambiente e a população cada um o seu direito. (Capital do Pantanal)
Por: Da Redação