Nem mesmo o atraso de mais de uma hora da Caprichosos de Corumbá, provocado por problemas nos carros alegóricos, esfriou a empolgação do público na avenida General Rondon, a Passarela Pantaneira do Samba. Mesmo descendo depois da zero hora – a previsão inicial da Liesco é de que a apresentação iniciaria-se as 22h40 – a agremiação empolgou os foliões que prestigiam o Carnaval Cultural – Patrimônio da Alegria.
Com o enredo “Cantando a sorte e espantando o azar, a Caprichosos vai passar”, a escola deu um show de corres e alegorias em seu desfile. Na comissão de frente, 12 gatos pretos representaram a superstição popular com o animal. E para não deixar a menor dúvida de que o bichano nada tem com a má sorte, eles trouxeram uma escada, pela qual todos passaram por ela, com muito samba no pé.
O preto foi mantido na ala das baianas, que representaram a coruja, símbolo da dúvida. A cor, aliada com o dourado, causou um efeito muito interessante na avenida. O primeiro carro trouxe a onça, símbolo da Caprichosos. A escultura articulada foi elaborada pelo artista plástico Jamil Canavarros, um dos maiores expoentes da cultura corumbaense. Outro destaque foi a bateria, a primeira a evoluir neste Carnaval.
A rainha Carina Adornou também deu um show à parte. Com muito samba e carisma, ela arrancou aplausos das arquibancadas e camarotes. As alas vieram representando o Senhor do Bonfim, as cores do arco-íris, o olho grego, a figa e sal, símbolos de sorte, segundo muitos supersticiosos. A Mão de Fátima, a estrela de Davi, o trevo de quatro folhas e a pimenta também foram representadas nas alas, que fecharam com outro amuleto, o patuá
As alegorias foram outro destaque da Caprichosos, principalmente a última. Em meio a animais da fauna pantaneira, São Jorge encerrou a apresentação da escola de samba. O número de 13, que para muitos é sinônimo de azar, foi outro símbolo representado através de carro alegórico, assim como o elefante, sinônimo de sorte e felicidade para muitas famílias corumbaenses.
Por: Da Redação