Corumbá

Geraldo Espíndola se emociona no Moinho in Concert

Geraldo Espíndola se emocionou ao relembrar momentos marcantes de sua trajetória

 

Moinho in Concert atraiu mais de 4 mil pessoas à praça Generoso Ponce (Foto: Comunicação IHP/Moinho)

“Não vai chover. As únicas gotas sobre Corumbá serão lágrimas de emoção e alegria”. Eram palavras de Geraldo Espíndola, o grande homenageado da quinta edição do Moinho in Concert, ao subir ao palco pela manhã, para conhecer a estrutura do espetáculo “O lado de dentro”. A previsão estava certa: o vento carregou as nuvens e as ameaças de chuva para longe e Geraldo, emocionado, chorou quase o tempo todo ao lado da esposa Dalila, na primeira fila da platéia, enquanto via suas composições interpretadas pela Orquestra Vale Música, pelo Coral Infantil Moinho e coreografadas pela Companhia Juvenil de Dança e corpo de dança do Instituto Moinho Cultural, que organiza o evento em parceria com a Vale.

Geraldo Espíndola se emocionou ao relembrar momentos marcantes de sua trajetória (Foto: Comunicação IHP/Moinho)
Espetáculo de 1h10 teve como tema "O lado de dentro" e reverenciou a magia da natureza (Foto: Comunicação IHP/Moinho)
Geraldo Espíndola encerrou o espetáculo cantando sua música Cuñatay Porã (Foto: Comunicação IHP/Moinho)

O Moinho in Concert tocou no coração de Geraldo Espíndola e das mais de 4 mil pessoas que se reuniram na noite de sábado, 8 de dezembro, na Praça Generoso Ponce, para ver, se encantar e aplaudir a performance das 360 crianças e adolescentes, e seus instrutores, além de convidados, em uma noite que o homenageado resumiu em uma frase. “Meu coração está chorando de alegria, foi um espetáculo nota 10, com louvor”.

Emoção do começo ao fim em 1h10. Geraldo Espíndola foi convidado pela diretora artística Márcia Rolon a encerrar o espetáculo cantando uma de suas músicas – 13 delas foram escolhidas para compor o Moinho in Concert, com arranjos de Eduardo Martinelli. Ele escolheu sua preferida, Cuñatay Porã: “É pra Corumbá, é lá que eu vou pegar um barco; e descer o rio Paraguai; cantando as canções; que não se ouvem mais”.

Geraldo Espíndola ficou impressionado com a interpretação e a coreografia Terra e Amor, criada no Moinho in Concert para a música Raça das Matas, que compôs em 1983 em homenagem à esposa, Dalila, que estava grávida. Filha que o casal perdeu aos 9 anos. “Barriga que brilha; sol, água e luz; seio da mãe que abraça; que ilumina a raça nua”. Geraldo e Dalila estão juntos há 37 anos, união com três filhos. “Eu chorava só ver o brilho no rosto das pessoas na plateia”, contou Dalila.

Cada uma das músicas fez com quem Geraldo relembrasse um momento de sua vida, desde a primeira banda com 15 anos de idade, ao lado de Paulo Simões e outros amigos, e das canções que fez para a irmã Tetê Espíndola. “Passou um filme de toda a vida pela minha cabeça, a cenografia mostrou todas as linguagens da música brasileira, desde a tropicália e a bossa nova até agora”, comentou. “Eu não esperava um resultado tão rápido e de tanta qualidade, o Moinho é um centro de talentos”.

Ele agradeceu às palavras do cineasta David Cardoso, que veio de Campo Grande especialmente para ver o espetáculo e, no palco, fez um empolgante discurso em defesa do Pantanal e dos compositores da música sul-mato-grossense como Geraldo Espíndola. “Temos de valorizar o artista da terra, nossas riquezas naturais, nossas canções, e Geraldo traduz tudo o que é nosso, vocês foram muito felizes em escolher as músicas dele como tema”, ressaltou David.

Aos 60 anos, que completou semana passada com o lançamento de mais um CD, Geraldo viu na homenagem do Moinho in Concert um novo impulso para sua trajetória. “Não há melhor coisa neste mundo do que ver essas crianças dançando, tocando e cantando no palco, elas me passaram luz”, concluiu.

Ficha Técnica: Música, composição e textos: Geraldo Espíndola. Música Orquestração: Eduardo Martinelli. Direção Artística: Márcia Rolon e Sônia Ruas Rolon. Direção Musical e Regência: Noemi Uzeda. Assistente de Regência: Emanuel Teixeira e Silva. Direção Coreográfica: Beatriz de Almeida. Preparação Vocal: Junia Rabelo e Keila Fernandes. Solista Vocal: Junia Rabelo. Interpretação Poética: Sonia Ruas Rolon e Will Oniser. (Assessoria de Comunicação IHP/Moinho Cultural)

 

Por: Da Redação