Corumbá

Corumbá desenvolve programa de intercâmbio entre Brasil e Bolívia

O curso faz parte do programa Escola Interculturais de Fronteira lançado esta semana em Corumbá (Foto: Clóvis Neto/PMC)

 

O curso faz parte do programa Escola Interculturais de Fronteira lançado esta semana em Corumbá (Foto: Clóvis Neto/PMC)

Professores da Rede Municipal de Ensino de Corumbá e das escolas bolivianas de Puerto Quijarro, Arroyo Concepción e Puerto Suarez, participam nesta sexta-feira (15) e no sábado (16) do 1º Módulo de Cursos para os Professores do Brasil e da Bolívia. A capacitação vai tratar sobre a educação, contexto escolar e a história dos dois países e começa às 7 horas na escola municipal CAIC- Padre Ernesto Sassida.

O curso faz parte do programa Escola Interculturais de Fronteira, que foi oficialmente lançado na noite dessa terça-feira (12) no Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gomez. A iniciativa propõe a aproximação linguística e cultural na região da fronteira entre os dois países e conta com a participação da Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria Municipal de Educação e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campus Pantanal.

Depois deste primeiro módulo, que terá carga horária total de 40 horas/aula, mais 20 horas serão feitas à distância. O próximo encontro acontecerá na Bolívia também com a presença dos professores dos dois países. A intenção deste curso, nesta etapa inicial, é fazer com que as escolas participantes sigam o calendário e as práticas curriculares de seus respectivos sistemas de ensino. Porém, semanalmente, os professores dos países vão realizar o intercâmbio de um país ao outro.

Para o secretário Municipal de Educação, Hélio de Lima, o programa vai auxiliar os 659 alunos bolivianos que estudam nas escolas municipais de Corumbá e os 62 brasileiros que frequentam unidades escolares no país vizinho. “Desta forma, vamos provar que é possível conviver com a diferença. Poderemos conceber outra maneira de se conviver na fronteira, de maneira saudável e que seja positiva para todos nós”, opinou.

De acordo com a coordenadora do programa, a professora Suzana Mancilla, da UFMS-CPAN, o objetivo das Escola Intercultural de Fronteira não é somente promover o conhecimento da língua portuguesa ou espanhola. “Nós vamos trabalhar nesse primeiro momento com o processo de reconhecimento, de como é feita a aprendizagem nas escolas de Corumbá e o mesmo nas escolas da Bolívia”, explicou.

O Projeto Escola Intercultural Bilíngüe de Fronteira (PEIBF) tem o intuito de promover o intercâmbio entre professores dos países do Mercosul. Criado em 2005 por uma ação bilateral Brasil-Argentina, o projeto fechou 2008 com 14 escolas dos dois países, e abre 2009 com 26 escolas, em cinco países. O objetivo principal do Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira é a integração de estudantes e professores brasileiros com os alunos e professores dos países vizinhos. O foco é a integração, a quebra de fronteira, além da ampliação das oportunidades do aprendizado da segunda língua.

A metodologia adotada no projeto é a de ensino por projetos de aprendizagem. Os professores, de ambos os países, realizam o planejamento das aulas juntos e determinam em quais partes do projeto os professores realizarão o intercâmbio, pelo menos uma vez por semana. Portanto, o que ocorre no PEIBF não é o ensino de língua estrangeira, mas o ensino em língua estrangeira, criando um ambiente real de bilingüismo para os alunos. (Com informações do Ministério da Educação).

 

Por: Da Redação