Um trecho da avenida 14 de Março, entre as ruas Dom Pedro II e Azambuja, em frente ao Coreto, foi interditado para que a equipe distribuísse folhetos, entre eles o que destaca os principais pontos da Lei Maria da Penha, sobre a proteção contra a violência doméstica e familiar.
Além de folhetos ilustrativos, cada mulher ao volante recebia um bombom. “É uma homenagem à mulher e uma forma de conscientizá-la sobre seus direitos”, destacou a superintendente de Articulação de Políticas Públicas para a Mulher, Ana Paula Silva. A ação contou com a presença da primeira dama e secretária de Políticas Sociais, Gisele Saab, da diretora presidente da Agemtrat, Laura Cavassa, e da coordenadora do Projeto Semear, Laura Segovia.
SAÚDE
Paralelamente, uma equipe de psicólogos e agentes comunitários da Secretaria Municipal de Saúde realizou Blitz Educativa na Feira Central, com distribuição de braceletes, folhetos e preservativos. Ao mesmo tempo, palestras e exames preventivos de saúde direcionados às mulheres estão sendo realizados no Posto Central de Saúde. “Fazemos a abordagem para estimular as mulheres e realizar os exames preventivos regularmente, porque grande parte delas, principalmente as idosas, acha que não isso não é mais necessário”, afirmou a psicóloga Ana Cecília Demarque.
De acordo com a psicóloga Adriane Wassouf, as palestras versam sobre Exames Preventivos, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Planejamento Familiar e Reprodutivo. Na terça-feira, 20 idosos ladarenses participaram de uma visita à Estação Boticário, em Corumbá, como parte das comemorações da Semana da Mulher. “Estamos montando a Rede de Proteção e Combate à Violência contra a Mulher, com a integração das secretárias municipais e parceria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Campus Pantanal, que está disponibilizando estagiárias do curso de psicologia”, enfatizou Ana Cecília Demarque.
LEI MARIA DA PENHA
A Lei Maria da Penha é uma das maiores conquistas das mulheres brasileiras. Foi criada para a proteção contra a violência doméstica e familiar, tipo de agressão que fere os direitos das mulheres, humilha, maltrata e mata. A lei obriga o Estado e a sociedade a proteger as mulheres contra esse tipo de violência durante toda a vida. Foi criada para modificar uma realidade, pois entre 1998 e 2008 cerca de 42 mil mulheres foram mortas no País, e 40% delas mortas dentro de casa, de acordo com dados do Datasus/Ministério da Saúde.
A lei leva esse nome em homenagem à Maria da Penha Fernandes, brasileira que como muitas outras transformaram sua dor em luta. Maria da Penha recebeu um tiro do marido enquanto dormia e depois de ter ficado paraplégica foi mantida presa em casa, sofrendo novas formas de violência, como tortura e choque elétrico. Com sua coragem e apoio de organizações, buscou apoio junto às cortes internacionais.
A Lei Maria da Penha reconhece hoje como obrigação do Estado a garantia de segurança e proteção às mulheres para uma vida sem violência, e trouxe para o debate com a sociedade a importância da igualdade e de um mundo onde homens e mulheres tenham os mesmos direitos. (Nelson Urt, Assessoria de Imprensa da PML)
Por: Da Redação