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Nem chega ao presídio em Campo Grande e ficará em quarentena

Comboio com Nem e outros três traficantes chega ao presídio federal (Foto: Tawany Marry/G1 MS)

 

Nem foi levado em avião sob escolta de agentes da PF (Foto: Taiane Hunder/Seap)

Os quatro detentos transferidos do Rio de Janeiro para Mato Grosso do Sul chegaram ao Presídio Federal de Segurança Máxima, em Campo Grande, às 13h40 (horário de Brasília) deste sábado (19). O ex-chefe do tráfico na favela da Rocinha, Antônio Bomfim Lopes, o Nem, e mais três traficantes, Flávio Melo dos Santos, Carré e Coelho, foram escoltados do aeroporto até a prisão por uma equipe de 15 agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Segundo o chefe da divisão de segurança e disciplina do Presídio Federal, Ricardo Sarto, todos os presos passaram por exame de corpo de delito no Rio de Janeiro e, por isso, foram direto ao estabelecimento penal, sem passar antes peloa Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) em Campo Grande. Esse exame faz parte da rotina nas transferências de presos.

Os detentos ficarão cerca de 20 dias em isolamento total, inclusive sem banho de sol. Sarto explica que o procedimento é comum, e serve para que os detentos passem pela avaliação de psicólogos, assistentes sociais e médicos.

Nesse período, a divisão de segurança da penitenciária irá analisar o comportamento e avaliar para qual das alas os detentos serão destinados. Eles receberão as regras do presídio e só então serão transferidos de cela, para levar uma rotina semelhante à dos demais presos.

Transferência

O ex-chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha e os outros comparsas deixaram o presídio de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, por volta das 7h30 (horário de Brasília), com destino ao Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande.

Comboio com Nem e outros três traficantes chega ao presídio federal (Foto: Tawany Marry/G1 MS)

Os quatro foram levados em um avião da Polícia Federal. O pedido de transferência foi feito pelo TJ-RJ e autorizado pela Justiça Federal. O presidente do TJRJ, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, afirmou que Nem não pode ficar no estado.

Porta-malas

Nem foi preso na madrugada do dia 10 de novembro, na Lagoa, Zona Sul da cidade, quando tentava fugir da Rocinha escondido no porta-malas de um carro Toyota Corolla preto. O veículo em que estava foi abordado por policiais do Batalhão de Choque que faziam uma blitz em um dos acessos à favela. O traficante e os advogados que o acompanhavam foram levados para a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária, onde foram ouvidos.

No carro, os policiais militares do Batalhão de Choque (BPChoque) encontraram, ao todo, 59.900 reais e 50.500 euros em espécie, além de cinco celulares. Somada, a quantia chega a cerca de R$ 180 mil. No dia 9, Carré, Coelho e outros suspeitos foram presos durante uma ação da Polícia Federal na Zona Sul. Entre os presos estavam três civis e dois ex-PMs -, que escoltavam o bando que tentava fugir da Rocinha.

O traficante, um dos mais procurados do Rio, era apontado como o chefe do tráfico da Favela da Rocinha. Três dias após a prisão do traficante, policiais militares, civis e federais, com o apoio de fuzileiros navais, ocuparam as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Desde então, mais de 70 fuzis, drogas, munição e carregadores foram apreendidos. A região receberá a 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade. (G1-MS)

 

Por: Da Redação