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Estado deverá lançar Programa de Recuperação de Pastagens

O assunto foi discutido numa reunião entre o governador André e representantes da Famasul, Embrapa Gado de Corte e Secretaria de Estado de Meio Ambiente

 

O assunto foi discutido entre o governador André e representantes da Famasul, Embrapa Gado de Corte e Secretaria de Estado de Meio Ambiente

O governo do Estado deverá lançar em breve um Programa de Recuperação de Pastagens. O assunto foi discutido ontem à tarde (09) numa reunião entre o governador André Puccinelli e representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Embrapa Gado de Corte e Secretaria de Estado de Meio Ambiente.

Na reunião, que contou com a presença da secretária de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias foram discutidas algumas sugestões para que o produtor rural possa aderir ao programa. “Queremos recuperar em cinco anos cerca de dois milhões de hectares”, informou Tereza Cristina ao governador. Deste total, um milhão de hectares de pastagens degradadas deve ser recuperada para a pecuária; 200 mil hectares para a cana de açúcar; 200 mil hectares para o plantio de florestas; 200 mil hectares com lavoura e outros 400 mil hectares com a integração entre lavoura e pecuária.

Conforme a secretária de Produção, atualmente os produtores rurais podem contar com instituições financeiras que possuem recursos para a recuperação dessas áreas. “Precisamos motivar o produtor e com juros baixos para repor a pastagens deles”, ressaltou o governador André Puccinelli reiterando o apoio do governo estadual para o andamento do programa.

De acordo com o pesquisador da Embrapa, Arlindo Kichel, Mato Grosso do Sul tem atualmente nove milhões de pastagens degradadas e que precisa ser recuperada. “Nos últimos cinco anos a nossa posição agrícola com as áreas de lavoura vem se mantendo a mesma, apenas cresceu a área de cana de açúcar e área de florestas. O estado está reduzindo o rebanho e não está praticamente aumentando a produtividade de grãos. Para o estado voltar a crescer precisa de um grande impulso nessas áreas, com um programa que vai gerar produtividade, reduzindo custos e riscos”, comentou.

Arlindo Kichel acredita que com o programa em quatro anos, o estado poderá aumentar sua produção de grãos em 20%. Poderá aumentar ainda a produção de florestas em mais de 80%. Já a cana de açúcar deve aumentar 40%. “E principalmente a carne que terá grande incremento”, destacou.

O pesquisador da Embrapa destaca ainda que o programa também visa a preservação do meio ambiente.“É um programa que visa produzir alimentos, preservar o meio ambiente com seqüestro de carbono onde essas tecnologias de integração de pecuária vão dar um grande incremento na parte ambiental. O estado vai ser referência nacional em recuperação de áreas degradadas e de pastagens”, ressaltou o pesquisador da Embrapa.

 

Por: Da Redação