O país vive um intenso processo de escolha das nossas autoridades dos poderes Executivo e Legislativo por intermédio das eleições gerais. Deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente da República serão escolhidos para atuar pelos próximos 4 anos – à exceção dos senadores, cujo mandato é de 8 anos. É uma responsabilidade muito grande do eleitor de fazer as escolhas certas para que tenhamos um estado e um país cada vez melhores.
Fala-se muito, e sempre, no amadurecimento do eleitor para que exerça com sabedoria esse processo. Entretanto, apesar de constatarmos sim uma evolução sua a cada eleição, infelizmente ainda estamos bem longe das condições ideais.
O eleitor sul-mato-grossense e brasileiro de maneira geral continua elegendo pessoas incapacitadas intelectual e moralmente para exercer muitos desses cargos públicos e, pior, pessoas que foram ou estão sendo processadas por atos de corrupção, por locupletação do patrimônio público.
A justiça e outros poderes constituídos também carregam significativa parcela de culpa nisso, quando permitem que esses indivíduos entrem num processo eleitoral quando deveriam não só ficar de fora como, em muitos casos, presos.
Há muito se fala e eu também acredito que a justiça brasileira deveria ser (muito) mais ágil e eficaz no julgamento e condenação de todos aqueles homens públicos envolvidos em denúncias de corrupção e, numa outra instância, impedir terminantemente qualquer tentativa de sua candidatura. Ou seja, dar um basta! Um fim à carreira política de todo e qualquer indivíduo envolvido de fato em atos de corrupção.
Casos como o de Lula, Zé Dirceu e tantos outros, vão entrar para a história da inoperância e morosidade da justiça brasileira, que precisa de reformas urgentes para acabar com suas intermináveis instâncias e recursos que ela, como uma colcha de retalhos, permite.
Se a justiça falha por tardar, caberia ao eleitor então, uma responsabilidade muito maior para ser mais ágil e eficaz nas urnas, alijando do processo eleitoral todo aquele que traiu sua confiança. Alijar também todo aquele que não demonstra a devida competência para assumir determinados cargos públicos.
O eleitor, insisto, precisa se conscientizar da importância e poder do seu voto no processo de depuração dos nossos representantes políticos.
É preciso aumentar a responsabilidade de cada um para que essa escolha dos ocupantes de cargos públicos seja cada vez mais criteriosa e bem feita, para que tenhamos sempre os melhores, os mais capacitados e comprometidos com os ideais e necessidades do povo.
Depois de escolhidos é preciso fiscalizar e cobrar sua atuação em benefício da coletividade e não de seletos grupos visando interesses escusos como temos visto de ponta a ponta pelo país. Esse é outro dever do cidadão eleitor.
Além disso é muito importante também que oremos pelas autoridades constituídas para que possam ter as bênçãos e inspiração de Deus para darem o melhor de si no desemprenho de suas funções como deputados, senadores, governadores e presidente da República. Orar enfim, a todo servidor público (do office boy ao gerente, diretor, superintende…) para que façam o melhor para o povo e pelo povo.
É preciso lembrar que esse é um mandamento de Deus e que consta nas Escrituras Sagradas. Orar para que tenham forças e orientação Divina para fazer o que precisam fazer para que tenhamos uma sociedade melhor, com mais qualidade de vida para as famílias.
Orar é uma maneira eficiente de ajudarmos nossas autoridades a fazerem o melhor por nós mesmos.
Enfim, insisto: a oração às nossas autoridades é de fato uma arma poderosa da qual não devemos abrir mão na luta do dia a dia como cidadãos que almejam um Brasil cada vez melhor.
Por: Wilson Aquino*
*Jornalista, professor e Cristão SUD