Quem bebe, ao ler o presente título, tende a ficar enfurecido por achá-lo uma bobagem e acreditar que a bebida (alcoólica) é indispensável, especialmente nos relacionamentos (diversos) sociais. Esse indivíduo normalmente se acha tão forte e seguro de sua opinião, que sente que poderia até dar uma “colher de chá” ao autor para dispensar um tempo para ler pelo menos as primeiras linhas, pelo menos até encontrar um ponto que confirme as “bobagens teóricas” que considera do presente texto.
Então, é aí que ele comenta consigo mesmo: – Eu não falei? – Pura bobagem esse texto. E sai justificando ainda que seu hábito de bebericar todos os dias “só um pouquinho!”; “só nos finais de semana!”; “com os amigos!” vai continuar porque considera bom, essencial e por achar que não faz mal a ninguém.
Grande engano! Pois o indivíduo que bebe, pouco ou muito, “só para ficar um pouco alegre”, “socialmente”, ou que perde os sentidos e nem sabe, no dia seguinte, como chegou em casa, ou mesmo aquele que acorda na sarjeta, nunca acha que está com um problema sério na vida.
O indivíduo que bebe está sempre na defensiva de seu vício e procura justificar como naturais esse hábito, mesmo quando pais, esposa e filhos insistem em reconduzi-lo à razão. Ignora tudo e até se ofende com aqueles que o veem como um doente. Alguém que precisa de ajuda.
A grande verdade, o fato, é que o álcool encontrado nas bebidas destiladas ou fermentadas corrói a saúde físca, emocional e espiritual do indivíduo. A estrutura familiar é a primeira a ruir depois de sentir as intermináveis “noitadas de cachaça” de um de seus membros.
A pessoa que bebe, e não vem ao caso se muito ou pouco, mais cedo ou mais tarde colherá as consequências negativas e danosas que esse ato gera, inclusive no seio da própria família, quem realmente mais sofre com os efeitos da bebida no organismo daquele pai ou filho amado.
A cura, mesmo àqueles que estão física e mentalmente comprometidos com os danos provocados pela ingestão do álcool, é muito difícil porque mesmo nessas condições (doente) o indivíduo não admite seus erros e, consequentemente, que precisa de ajuda.
Todos nós estamos rodeados de exemplos de pessoas que estão vivendo esse inferno e que não se dão conta de que as coisas estão desmoronando à sua volta (no emprego, no casamento, no lar…) por conta desse vício miserável, devastador.
Um amigo, que há anos tentamos ajudá-lo, fica bravo quando o abordamos para tratar do assunto. “Não é o meu caso, pois só bebo socialmente”, afirma. Só ele não vê que está se afastando de sua esposa e filhos, que se entristecem ao vê-lo toda semana em situação cada vez mais crítica, deplorável, por conta da maldita bebida.
Outra amiga, muito jovem, passou a beber por influência das coleguinhas, companheiras de final de semana e apesar das tentativas da família de contê-la, acabou enveredando pelo caminho do álcool e quase sempre volta para casa carregada. Essa trilha já a levou a experimentar outras drogas que podem tornar seu retorno muito mais difícil ou até impossível. O perigo está à espreita e pronto para arrastar qualquer um e com mais facilidade, os mais jovens.
É de um amigo esse conselho: “Sejam sábios. Não tenham a visão limitada a ponto de entregarem-se ao uso do álcool, fumo e drogas. Simplesmente não é sábio fazê-lo. A cerveja e outras bebidas alcóolicas não lhes farão bem algum. Custam dinheiro, embotam a consciência e podem levar à doença chamada alcoolismo, que é humilhante perigosa e quase mortal”.
Nunca vi alguém abandonar esse ou qualquer outro vício com as próprias forças. Entretanto, com as bênçãos de Deus, já testemunhei inúmeros casos. Casos gravíssimos aliás, que foram simplesmente abandonados para sempre pelo indivíduo que recorreu a Ele.
Só Deus pode ajudar qualquer indivíduo a abandonar qualquer vício e fazê-lo voltar à vida. E se assim persistir, no caminho de Deus, a pessoa poderá então sentir e viver a verdadeira felicidade que podemos desfrutar nesta vida. Poderá então olhar para traz com segurança e ver quanto tempo perdeu com coisas tremendamente insignificantes e ver o quanto sofreu e fez sofrer.
Presto meu testemunho de que por intermédio Dele a pessoa terá a força necessária para abandonar o alcoolismo e/ou qualquer outro vício, por mais que o corpo e mente estejam “tomados” pelas drogas. Deus age de maneira incrível também nesses casos que parecem perdidos para a família e para a sociedade.
E para concluir o presente apelo, quero lembrar ainda que entidades que trabalham com as próprias forças do homem para o abandono de vícios dessa natureza (alcoolismo, drogas, fumo…) podem até conseguir êxito, mas de maneira muito frágil e insegura, pois as recaídas são uma constante na vida desse indivíduo que não pode mais sequer ver a droga sendo consumida pois sente o desejo de quebrar o jejum. Quando Deus ajuda (aqueles que O buscam) o indivíduo abandona por completo, inclusive “da noite para o dia” e se for perseverante, nunca mais sentirá a menor vontade de voltar ao vício, pois descobrirá novos e gloriosos caminhos.
Por: Wilson Aquino – Jornalista, Professor e Cristão SUD