Notícias

Marqueteiros dizem ao TSE que Dilma sabia de caixa dois na campanha de 2014

Joao Santana, Brazilian President Dilma Rousseff's campaign chief, is escorted by federal police officers as he leaves the Institute of Forensic Science in Curitiba, Brazil, February 23, 2016. REUTERS/Rodolfo Buhrer TPX IMAGES OF THE DAY

 

A marqueteira Monica Moura disse na ação do TSE que julga a cassação da chapa Dilma-Temer que discutiu diretamente com a ex-presidente pagamentos de caixa um e caixa dois na campanha de 2014.

Segundo depoimento de Monica, a conversa com Dilma aconteceu no Palácio do Planalto. Depois, a marqueteira foi encaminhada para acertar pagamentos por fora com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Mantega encaminhou, então, a marqueteira para a Odebrecht, que cuidou dos pagamentos por fora.

João Santana também falou na ação do TSE.

Diferentemente do que aconteceu na campanha de 2010, Dilma teria dito ao marqueteiro que ela cuidaria da campanha de 2014.

Segundo os marqueteiros, foi cobrado R$ 105 milhões na campanha de 2014 pelos serviços prestados pela dupla: R$ 70 milhões declarados e R$ 35 milhões por caixa dois.

Mas eles não teriam recebido todo o valor por fora.

Nas contas dos marqueteiros, dos R$ 35 milhões do caixa dois eles dizem ter recebido cerca de R$ 10 milhões.

Motivo: a Lava Jato.

O relato dos marqueteiros registra que o valor seria pago em 2015, mas, com o avanço das investigações da Lava Jato, o pagamento foi sendo adiado.

Com a prisão de Marcelo Odebrecht, a situação complicou ainda mais. E o responsável pelo setor de propinas da construtora Fernando Migliaccio, foi transferido do Brasil. Era Migliaccio o responsável por pagar a marqueteira.

Desta forma, afirmam os marqueteiros, a Odebrecht não pagou o que faltava.