A Vale anunciou nesta sexta-feira, 17 de junho, os investimentos para 2011 em Corumbá e revelou, para a mídia local, o planejamento das atividades até 2013. Uma das principais notícias anunciadas pela empresa é a ampliação das atividades na região de Corumbá e Ladário com a abertura de 400 vagas.
“Já em 2011, a Vale ampliou seu quadro de servidores com a contratação de mais 200 funcionários voltados para a área operacional, como operador de equipamentos; operador de carregadeiras, soldadores e eletricistas. A Vale tenta aproveitar os profissionais com níveis técnicos da região, fornecendo assim, oportunidades de emprego para a população local e depois, ampliamos a oportunidade para pessoas de fora. Podemos anunciar que as vagas a serem abertas no próximo ano, também serão para estas mesmas finalidades. Sabemos da carência da mão de obra da região e que para suportar esse déficit é preciso formar servidores. A empresa iniciou um contato com Senai e Senac com a finalidade de ampliar essa capacitação aos profissionais do município”, afirmou o diretor de ferrosos do Centro-Oeste, Alexandre Campanha.
Essa ampliação no quadro de produções se deu a partir de 2009, quando a mineradora adquiriu os ativos da Rio Tinto. Agora em 2011, conforme anunciado, a mineradora ganhou uma nova diretoria exclusiva para a operação sul-mato-grossense. Atualmente, a Vale possui duas minas de mineração de ferro, localizadas no Urucum e na antiga Mineração Corumbaense Reunida; uma mina de manganês no morro do Urucum; um porto fluvial em Porto Gregório Curvo (em Porto Esperança) e um porto arrendado na Sobramil.
Ao longo do ano, a Vale efetuou a contratação e disponibilizou as 200 vagas para o município, resultando num total de 1.100 funcionários na mineradora, incluindo terceirizados. A operação na região de Corumbá e Ladário tem recebido investimentos para expansão das plantas, e isso possibilitou nos cinco primeiros meses acréscimo de 25% nas contratações. De acordo com informações apresentadas pelo diretor de ferrosos, somente em 2010, a empresa retirou das minas de ferro, aproximadamente quatro mil toneladas do produto. Já a extração de manganês resultou em 250 mil toneladas.
“A Vale possui meta de expandir a extração de manganês, e por isso, o aumento de contratações. A meta é extrair 300 mil toneladas do produto na região somente neste ano. Já para 2013, a meta é duplicar esse valor. Daí a necessidade da contratação de mão de obra e oferecer 200 vagas em 2012, proporcionando tempo para seleção dos candidatos; cursos de capacitação e treinamento aos que forem selecionados”, explicou Campanha.
Desenvolvimento Social
Além do desenvolvimento econômico anunciado pelo diretor, as atividades visando o desenvolvimento social, da comunidade onde a empresa está inserida, também foram anunciadas na exposição de Campanha. “A Vale também possui agregado ao seu desenvolvimento econômico, o desenvolvimento sócio-ambiental. Um dos investimentos que tem sido satisfatórios para a Vale é o investido no Moinho Cultural. Outro empreendimento que está sendo realizado e que será mantido neste ano é o incentivo dos servidores da Vale a serem voluntários em ações sociais”, comentou o diretor.
Além dessas atividades, Campanha também apresentou investimento no viveiro de mudas de Corumbá, que produz cerca de 275 mil exemplares. Essas mudas são usadas na recuperação das áreas da Vale e para doação à população.
Possíveis investimentos
O diretor de ferrosos também apontou que está sendo articulado um possível investimento na área de saúde de Corumbá e um investimento para o Porto de Ladário. “Sabemos que a cidade está enfrentando alguns problemas na área da saúde e há interesse da Vale em realizar uma parceria com o município em auxílio na saúde, porém, essa é uma proposta que deve ser negociada. Além disso, a Vale também tem o interesse de utilizar um Porto de Ladário que está inativo, e isso, consequentemente, geraria benefícios para a cidade”.
Projeto mínero-siderúrgico
Há alguns anos, a Rio Tinto, que teve seus ativos comprados pela Vale, anunciou investimentos que chegariam a US$ 2 bilhões no pólo mínero-siderúrgico de Corumbá. Alexandre Campanha informou que apesar do tempo dessa proposta e dos acionistas da empresa terem mudado, é um investimento que continua a ser analisado e não está descartado. “É um projeto produtivo que pode somar aos investimentos que já estão em andamento, fomentando o setor trabalhista da região”, complementou. (Camila Cavalcante, do Diarionline)
Por: Da Redação