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Redução de produção em Corumbá não afeta receita líquida da MMX

No Sistema Corumbá da MMX, a redução da produção foi de 18% em relação a 2010

A MMX, mineradora do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, registrou, em 2011, receita líquida de R$ 1 bilhão, Ebitda – sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – de R$ 187,5 milhões e recordes operacionais e financeiros. A companhia alcançou importantes avanços em seus principais projetos: a expansão da Unidade Serra Azul e a conclusão das obras do Superporto Sudeste. As vendas de minério de ferro chegaram a 7,7 milhões de toneladas e se consolidaram como o mais alto volume negociado pela empresa desde a sua criação em 2005. No ano de 2011, a MMX apresentou prejuízo líquido de R$ 19,3 milhões ante lucro de R$ 46,6 milhões em 2010. O número foi impactado, principalmente, pela variação cambial registrada no terceiro trimestre do ano passado, relativa aos títulos emitidos para a aquisição da Portx, que são contabilizados em dólar.

“É inegável o desenvolvimento não só dos projetos, mas das operações da MMX em 2011. Obtivemos uma evolução consistente ao longo do ano de 2011, um ano de grandes realizações. Iniciamos o ano com a aquisição do Superporto Sudeste e encerramos com a assinatura do contrato com a ferrovia MRS Logística, que será responsável pelo transporte de toda a nossa produção de minério de ferro até Itaguaí, para ser exportada pelo Superporto Sudeste, que entrará em operação no ano que vem. As margens bruta e operacional avançaram significativamente, permitindo a obtenção de um resultado operacional consolidado recorde, quando medido pelo Ebitda. Entramos em 2012 convictos da solidez dos nossos projetos e operações. A MMX caminha para se destacar entre os principais fornecedores globais de minério de ferro“ conclui Guilherme Escalhão, presidente e diretor de Relações com Investidores da MMX.

Escalhão destaca ainda que logística integrada, reserva certificada, avanços dos licenciamentos ambientais, assinatura de contrato para fornecimento de energia, compra de equipamentos com longo prazo de entrega e assinatura de protocolo de intenções com o Governo de Minas Gerais foram conquistas que colocam a MMX em excelentes condições de competitividade no mercado.

No ano, a MMX produziu 7,5 milhões de toneladas de minério de ferro, volume que ficou 2% abaixo da produção da companhia em 2010. A produção do 4º trimestre de 2011 (4T11) somou 1,4 milhão de toneladas, desempenho que foi 24% menor que o registrado no 3T11 e 31% inferior na comparação com o 4T10.

No acumulado de 2011, a MMX registrou recorde de vendas: 7,7 milhões de toneladas de minério de ferro, aumento de 8% em relação a 2010. A maior parte dessas vendas foi para o mercado doméstico (67%) e o restante (33%) foi exportado. No 4T10, a MMX vendeu 1,9 milhão de toneladas, dos quais 58% foram para o mercado interno e 42% para o mercado externo. As vendas nos últimos quatro meses do ano ficaram 8% abaixo do 3T11 e 6% inferior ao 4T10.

A MMX registrou Ebitda consolidado recorde de R$ 187,5 milhões em 2011, valor 56% maior do que o apresentado em 2010. Este desempenho evidencia o status da companhia de forte geradora de caixa. Ao se ajustar o Ebitda pelos itens não recorrentes e, expurgando-se os números relacionados ao Superporto Sudeste, o resultado da MMX seria de R$ 239,6 milhões em 2011 ante R$ 180,00 milhões em 2010. No 4T11, o Ebitda consolidado foi de R$ 20,4 milhões, 59% e 76% abaixo do apresentado no 3T11 e 4T10, respectivamente. No trimestre, o Ebitda foi impactado pelo aumento nas despesas comercias e ajustes de inventário.

Sistema Sudeste

A produção de minério de ferro do Sistema Sudeste foi recorde, chegando a 6,1 milhões de toneladas em 2011. Em relação a 2010, houve crescimento de 3%.

As vendas de minério de ferro do Sistema Sudeste somaram 6 milhões de toneladas de minério de ferro, volume recorde 6% acima de 2010. Desse total, 82% das vendas foram destinadas ao mercado doméstico, enquanto os 18% restantes foram exportados para a China.

O Sistema Sudeste apresentou Ebitda anual recorde de R$ 233,5 milhões em 2011, 44% acima do apresentado em 2010.

Sistema Corumbá

No Sistema Corumbá, a produção anual foi de 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro, redução de 18% em relação a 2010. Importante destacar que, conforme anunciado, a MMX ajustou a produção e utilizou os estoques, sem impactar as vendas da companhia. Além disso, como em todos os anos, a MMX concedeu férias coletivas aos colaboradores de Corumbá em dezembro, por conta da baixa navegabilidade do rio Paraguai, necessário para o escoamento da exportação do minério de ferro produzido em Corumbá.

No ano de 2011, as vendas do Sistema Corumbá totalizaram 1,8 milhão de toneladas, volume 13% maior na comparação com o desempenho obtido em 2010. Do total, 84% foram destinadas ao mercado internacional, principalmente para Argentina e Turquia.

O Sistema Corumbá fechou 2011 com Ebitda positivo de R$ 41,1 milhões, 855% maior que o registrado em 2010.

Superporto Sudeste

No Superporto Sudeste, o Ebitda incorporado ao resultado anual da MMX foi negativo em R$ 21,6 milhões. O Superporto Sudeste está sendo construído para operar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e vai contribuir para a expansão e integração do Sistema Sudeste da MMX. O empreendimento irá também alavancar os planos da companhia de consolidação de ativos de minério de ferro na região de Serra Azul e de outras áreas do Quadrilátero Ferrífero, seguindo a estratégia dos acordos realizados com a Mineração Usiminas e a Minerinvest.

Com o início das operações do Superporto Sudeste, previsto para o primeiro trimestre do ano que vem, a MMX vai ampliar sua participação no mercado transoceânico, exportando toda a sua produção e garantindo maiores margens.

Em 2011 a construção do Superporto Sudeste avançou em ritmo acelerado. Os pátios de estocagem estão em estágio adiantado de implantação. Até dezembro de 2011, foram realizados o desmonte do morro da Mariquita, necessário para instalação da pêra ferroviária, 70% das obras civis para a instalação e operação dos viradores de vagões, conclusão da infraestrutura e progresso nas obras de sinalização e iluminação da estrada que contorna o Pátio 6.

A perfuração do túnel que liga os pátios de estocagem às estruturas marítimas foi concluída.

Em 2011, a MMX concluiu 60% da dragagem e a infraestrutura da ponte de acesso ao píer, que possui o comprimento total de 700 metros e da plataforma que liga as pontes. A MMX também concluiu 50% da cravação de estacas do píer, que possui o comprimento de 765 metros.

No final do ano passado, a MMX construiu 70% da variante rodoviária sobre o Rio Cação e iniciou a construção do viaduto sobre o mesmo rio, que terá 20 metros de largura e 600 metros de extensão, além de significativos avanços nas obras de infraestrutura dos acessos rodoferroviários.

 

Por: Da Redação

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