Em clima natalino e com direito a quatro dias de celebração, o Programa Criança Feliz, realizado em Ladário pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), por meio do CRAS, comemorou o fim de 2020 com a capacidade máxima de atendimento. Ao longo deste ano, 100 pessoas, entre crianças e gestantes, foram acompanhadas. As atividades tiveram início no dia 14 e terminaram dia (17), respeitando todas as normas de biossegurança da Covid-19.
As manhãs natalinas tiveram início às 8h. As famílias foram divididas em grupos, a fim de evitar aglomerações. Em cada um dos dias, 25 pessoas foram recebidas no CRAS para assistir a uma apresentação de dança e desfrutar de um belo café da manhã. Elas receberam os agradecimentos da equipe envolvida com o Programa e, no final, as crianças ganharam presentes do Papai Noel e levaram lembrancinhas para casa.
O Programa Criança Feliz foi implantado no município em 2017 para atender gestantes e crianças de 0 a 3 anos, com intuito de promover o desenvolvimento integral na primeira infância e garantir o acesso aos serviços essenciais, como Educação e Saúde. Há ressalvas para crianças com deficiência, que podem ser acompanhadas até os 6 anos. Já as gestantes recebem orientações para os cuidados perinatais e suporte na preparação para o nascimento do bebê. Atualmente, e equipe é composta por seis pessoas: uma coordenadora, uma supervisora e quatro visitadoras.
Secretária Municipal de Assistência Social e Coordenadora do Programa Criança Feliz em Ladário, Carmen contou que houve pouca procura no início, mas que neste ano a iniciativa alcançou atendimento máximo, para 100 crianças. “É um programa que está dando certo aqui no nosso município. Fico muito feliz em ver a evolução do Criança Feliz, porque mesmo com o distanciamento social, a gente percebe que as famílias estão participando, estão ativas e querem continuar”.
Devido à pandemia, o acompanhamento foi reestruturado e passou a ser remoto. Apenas alguns casos específicos continuaram com a visita presencial, que são as famílias em vulnerabilidade social extrema. “Apesar das restrições da pandemia, nós não poderíamos deixar de acompanhar essas famílias. As educadoras criaram um grupo de whatsapp para fazer o acompanhamento. E as mães são bastante participativas”, explicou a supervisora, Jaqueline Rojas.
Os pais também participam. Como é o caso do Carlos Alberto, pai da Sofia, de 4 anos, que perdeu a esposa quando a filha tinha apenas 1 ano e 7 meses, e encontrou no CRAS a força e o conhecimento para cuidar da pequena, diagnosticada com paralisia cerebral. “O tratamento deles com a gente sempre foi o melhor possível. A Sofia se soltou mais, se tornou uma criança mais ativa, melhorou bastante. Foi uma benção na vida da Sofia”, disse orgulhoso. Segundo ele, os médicos disseram que a menina só andaria aos 9 ou 10 anos, no entanto, “ela faz tudo, dentro das suas limitações, mas anda, brinca”, contou.
Como participar
Para inscrever a criança, é necessário que os pais ou responsáveis legais estejam inscritos no Cadastro Único e compareçam no local com os documentos pessoais originais. O mesmo ocorre para as gestantes. No momento, há uma lista de espera.
*Informação do Portal da PML