Ladário

Prefeitura de Ladário inicia ação de combate à dengue com apoio de militares da Marinha e Exército

Moradores atentos nas explicações durante a visita dos agentes de endemias e militares

 

10 minutos por semana para combater a dengue é proteger a sua saúde, diz secretário
Moradores atentos nas explicações durante a visita dos agentes de endemias e militares

Os moradores dos bairros Alta Floresta I e II, Nova Aliança e Potiguá, todos localizados na parte alta de Ladário, receberam à visita dos 10 Agentes de Endemias, que estiveram acompanhados dos nove militares da Marinha do Brasil e dos oito do Exército Brasileiro, na força tarefa de orientação sobre os riscos de promoção e prevenção da dengue. A ação, que é realizada pelo município, através das Secretarias de Saúde e Infraestrutura e Serviços Públicos, por meio das duas instituições militares, teve início na manhã desta terça-feira, 13 de maio.

Durante a abertura dos trabalhos, no Núcleo de Controle de Zoonoses (NCZ), o secretário de saúde, Cleber Colleone, reforçou a importância dessas ações em parceria com a Marinha e o Exército e afirmou que os trabalhos realizados pelas equipes, não só orientam como salvam vidas. “Essas orientações repassadas salvam vidas, são atividades que devemos destacar, já que uma simples fiscalização junto à conscientização de fazer tudo o que está sendo repassado passo a passo para a população, não só previne a doença, como também mantém a cidade limpa. O mosquito é doméstico e está dentro de casa, por isso a importância de manter os quintais limpos”, informou Cleber Colleone.

O município de Ladário, registrou apenas 93 notificações de dengue com 12 casos confirmados da doença, o que corresponde a semana 20. Segundo Colleone, os números representam o reflexo das ações realizadas ao longo do ano, se comprado ao mesmo período em 2013, quando a cidade registrou mais de 300 notificações, “10 minutos por semana para combater a dengue é proteger a sua saúde, mais uma vez, a população tem que colaborar”, citou.

O Índice de Infestação Predial (IIP), equivalente ao LIRAA do Município, está abaixo de 2%, muito próximo, o que recomenda a Organização Mundial de Saúde, que é 1%. O bairro Nova Aliança é o que mais preocupa, com 23 casos notificados, seguido do Centro (19); Santo Antonio (18); Alta Floresta (14); Boa Esperança (09); Conjunto Mangueiral (04) Zona Rural Apa Baía Negra (03); Almirante Tamandaré (02).

Visitas

Uma das primeiras residências a serem visitadas pelas equipes foi a da dona de casa Elaine Castelo Zanin, mãe de quatro filhos, moradora do Alta Floresta I, onde aproveitou a presença do agente de endemias e dos militares para tirar algumas dúvidas e também se atentar nas orientações repassadas por eles.

“Ninguém aqui em casa contraiu a doença, porém, sabemos que o risco existe, tento cuidar do meu terreno, faço limpeza, junto os lixos, porém, a população tem que colaborar. Existem pessoas que nem aqui do bairro são, e se deslocam até esta região para jogarem seus lixos, até mesmo uma geladeira e sofá, já vieram depositar quase em frente da minha casa. Seguir a risca as orientações é manter a saúde da minha família segura e a dos meus vizinhos também”, falou Elaine.

“Após a visita, reforçamos que os lixos têm que ser depositados em frente as residências, onde a equipe de Insfraestrutura e Serviços Públicos, passará para recolher todas esses materiais como garrafas pet e de vidro, latas, pneus e até mesmo sofás, fogões e geladeiras, que sirvam como criadouros para o mosquito Aedes Aegypti”, explicou o coordenador do Núcleo de Controle de Zoonozes desta cidade Milton de Oliveira.

Durante a ação realizada com o apoio de Militares do Exército Brasileiro, em março, foram retirados 7,5 mil kg de materiais que serviam como criadouros para o mosquito da dengue. Outra medida em andamento é a notificação de terrenos baldios. As equipes da Vigilância Sanitária, Secretaria de Obras e Saúde e o Setor de Tributos da Prefeitura, só no mês de abril notificaram aproximadamente 22 terrenos.

Fumacê

Os moradores de Ladário vêm cobrando durante as ações de combate a dengue, a utilização do fumacê. Conforme o secretário de saúde deste município, ainda não é a hora de utilizar este recurso, já que não existe risco de epidemia da doença. “O fumacê é utilizado somente quando há uma necessidade extrema, quando ocorre uma epidemia de dengue, e até o momento não é necessário o uso deste recurso. Para evitar que haja uma epidemia, realizamos ações durante o ano todo, além de reforçar que a população tem que participar. Conscientização é muito importante neste momento”, explicou.

 

Por: Da Redação