A Justiça Federal revogou às 18h desta quarta-feira as prisões temporárias dos seis funcionários da Prefeitura de Ladário e de um empresário de Campo Grande investigados por supostas fraudes em licitações da Prefeitura. O juiz federal Eduardo José Fonseca, o mesmo que havia concedido os mandados de prisão temporária, entendeu que já não há motivos para a prisão cautelar dos envolvidos, que já prestaram depoimentos à Polícia Federal. A Justiça determinou em medida cautelar que, enquanto perdurarem as investigações, os funcionários não poderão retomar seus cargos na Prefeitura. Atendendo a este determinação, o prefeito José Antonio vai anunciar substitutos para recompor o quadro.
A liberação dos seis funcionários foi acompanhada pelo advogado Cândido Burguês, secretários e assessores municipais, além dos familiares. O prefeito José Antonio reafirmou sua confiança nos funcionários que estão sendo investigados no inquérito. “São pessoas que fariam sucesso na vida profissional em qualquer outro lugar, mas escolheram vir para cá. Não vieram para enriquecer, não vieram em busca de poder, vieram para servir, para trabalhar, e estão fazendo um trabalho bem feito”, afirmou. “Nossos colegas foram escolhidos (pela atual gestão) porque são pessoas que têm realizações, têm história e têm famílias, por isso gozam de nossa inteira confiança. E essa confiança que neles depositamos continua inabalável”, ressaltou o prefeito.
A solidariedade de amigos e parceiros tem sido importante nesse momento, segundo o prefeito. Em nota oficial, o prefeito Ruiter Cunha reafirmou a sua parceria com a Prefeitura de Ladário. Senadores e deputados federais e estaduais ligaram ontem para manifestar apoio ao prefeito. Ato ecumênico em solidariedade aos funcionários está confirmado para as 17h no Salão Paroquial do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. “Esse é um teste para nossa administração, que sempre se pautou pela transparência e por trazer pessoas de bem para administrar os recursos públicos. Vamos em frente, sem esmorecer”, ressaltou José Antonio.
O prefeito disse que não acredita em irregularidades nos processos de licitações conduzidos pela Prefeitura durante a sua gestão, nos anos de 2009 e 2010, conforme suspeitas apontadas nas investigações. Em 2008 a gestão foi do prefeito Francisco Mendes Sampaio. “Foram detectados (pelo MPF) irregularidades nos anos 2008, 2009 e 2010. Os preços praticados na nossa administração não condizem com esses indícios. Mas não podemos desconsiderar que a produção das provas e denúncias contra as pessoas é importante para saber do que estamos sendo acusados para que possamos promover nossa defesa”, enfatizou. (Informações da PML)
Por: Da Redação