O Comando da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira de Corumbá realizou nesta sexta-feira, 19 de abril, a comemoração do Dia do Exército. A cerimônia comemorativa aos 367 anos do Exército Brasileiro aconteceu no quartel do 17º Batalhão de Fronteira e contou com a presença do prefeito de Ladário José Antonio Assad e Faria, o prefeito de Corumbá Paulo Duarte, além de outras autoridades civis e militares.
Em torno de 500 militares participaram da cerimônia que teve como seu ponto forte a leitura da Ordem do Dia, a apresentação da Oração do Guerreiro e a canção do Exército, além da entrega de medalhas e diplomas a civis e militares.
De acordo com o prefeito José Antonio Assad e Faria, a cerimônia só reforça ainda mais a presença de militares na região, “Em comprometimento com a segurança na nossa fronteira, trazendo paz, tranquilidade e segurança para todos nós. É uma data para se comemorar e para desejar que com o passar do tempo, a instituição possa crescer ainda mais. O Exército é um parceiro essencial para a nossa cidade, pois somos aliados em diversas atividades, principalmente nas ações sociais e de segurança junto à nossa cidade, também contamos com a presença de vários ladarenses incorporando as fileiras do exército”, disse.
Durante toda a semana, a 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira realizou diversas ações em alusão ao dia. “Essa é uma data de extrema importância para o Exército Brasileiro, pois marca o primeiro momento em que alguns homens se reuniram e decidiram lutar pelo chão natal. Por isso, desenvolvemos atividades durante toda a semana para comemorar este dia, que para nós é um marco na nossa história. Vale lembrar que nós do Exército Brasileiro desempenhamos funções que vão além do braço forte, somos a Mão Amiga da sociedade”, enfatizou o Chefe do Estado Maior do Comando Militar do Oeste, coronel Ricardo Guilherme Ribeiro de Almeida.
Ordem do Dia – Comemoração ao Dia do Exército
Em 1645, dezoito patriotas inconformados com o domínio do invasor holandês, sob a liderança do português João Fernandes Vieira e conduzidos por André Vidal de Negreiros, Felipe Camarão e Henrique Dias, na harmonia das três raças fortes – branco, negro e índio -, assinaram a proclamação: “Nós abaixo assinados, nos conjuramos e prometemos, em serviço da liberdade, não faltar, a todo o tempo que for necessário, com toda a ajuda de fazendas e de pessoas, contra todo o risco que se oferecer, contra qualquer inimigo, em restauração da nossa Pátria…”. Estava firmado o compromisso de luta contra o jugo estrangeiro ao país. Homens rudes, com invulgar sentimento nacional, semearam naquele momento a semente do patriotismo que hoje anima e enche de orgulho cada integrante do Exército de Caxias. Tinha início uma trajetória de mais de três séculos, alternando o sacrifício das lutas pela integridade territorial, integração nacional e defesa da nossa soberania, com a aspereza dos treinamentos no dia-a-dia dos quarteis. A história do Exército Brasileiro confunde-se com a formação da nossa nacionalidade, na exata medida em que a vida dos nossos soldados insere-se na sociedade a que servem e da qual provêm. Neste ano em que alcançamos 367 anos, homenageamos também duas fontes perenes de inspiração do mais puro e verdadeiro patriotismo. Há 150 anos nascia Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon, cuja trajetória de vida foi caracterizada por desafios, dificuldades e perseverança, típicos da vida militar. Ninguém o superou no esforço épico pela integração nacional, muito menos pela grandeza e sentimento humanitários na proteção dos indígenas brasileiros. Rondon, o grande pioneiro e desbravador, é a mais bela síntese de cidadão-soldado do Brasil do Século XX. No próximo dia 8 de maio, celebraremos, também, os 70 anos da vitória na memorável campanha da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, construída por homens e mulheres comuns, mais uma vez negros, índios, pardos e brancos, enviados para lutar em solo estrangeiro, muito longe da Pátria e em defesa dos ideais de liberdade e democracia tão caros ao povo brasileiro. Hoje, o Braço Forte e a Mão Amiga se desdobram no processo de Transformação para configurar uma nova Força Terrestre que assegure ao Exército de sempre a capacidade de atender aos novos desafios exigidos por um Brasil protagonista na comunidade internacional. Uma nova Força Terrestre para o mesmo Exército, sempre presente nos mais remotos rincões do território, a proporcionar estabilidade, segurança, defesa e ações em prol do desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e social. Uma nova Força Terrestre para o mesmo Exército, sempre democrático, apartidário e inteiramente dedicado ao serviço da Nação, desenvolvendo suas atividades em ambiente respeitoso, humano, fraterno, digno, honesto, disciplinado, responsável e solidário. Uma nova Força Terrestre para o mesmo Exército, sempre orgulhoso de sua história e apegado aos valores que o sustentam e lhe dão coesão, com forte senso de responsabilidade social, consciente da necessidade de ir além do que prescreve a destinação tradicional de uma força armada, ciente do papel de provedor de necessidades básicas de populações cuja segurança e até mesmo sobrevivência não encontram alternativas que não as proporcionadas pelo “Braço Forte – Mão Amiga”. Parabéns Exército Brasileiro! Parabéns aos nossos que diuturnamente cumprem suas missões de soldado com devoção, movidos tão somente pelo amor ao dever, ao Exército e ao Brasil. Aos que neste momento guarnecem nossas fronteiras; aos que neste momento se desdobram nas inóspitas frentes de trabalho; aos que neste momento lutam pela paz no Haiti; aos que nesse momento se dedicam à missão pacificadora na Comunidade da Maré, onde o Sargento Mikami doou sua vida, como fizeram os heróis de Guararapes. Reverenciamos a sua honra e coragem para vencer desafios, e o seu sentimento do dever, exemplos para todos nós. Assim, mais do que receber um fraternal reconhecimento de consideração, estima, respeito e confiança, o Exército faz por merecê-lo, atento ao que disse o historiador Gustavo Barroso: “Todos nós passamos. O Brasil fica. Todos nós desaparecemos, o Brasil fica. O Brasil é eterno. E o Exército deve ser o guardião vigilante da eternidade do Brasil”.
Brasília, DF, 19 de abril de 2015.
General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas- Comandante do Exército.
Por: Da Redação