Comédia, romance e performances circenses serão gêneros que o público do 9º Festival América do Sul irão poder conferir nas apresentações teatrais. Ao todo sete apresentações com dois grupos de teatro nacionais, três regionais e um da Argentina.
A Cia Capadócia de São Paulo traz dois espetáculos para o Festival; Palhaços, a boa e velha gargalhada e a Voz da Praça. O primeiro é um resgate do tradicional circo de cavalinhos. A proposta é revisitar essa estética com originalidade e trazer a cena o glamour desse gênero. Patrãozinho, Gelatina e Pistolinha, respectivamente o mestre de pista, o branco e o cômico, formam a tríade da comicidade tradicional circense. A pompa exagerada do mestre de pista, o autoritarismo e vaidade do branco e a ingenuidade do palhaço sustentam a lógica do conflito presente nas reprises que constroem o espetáculo. Voz da Praça é um espetáculo pensado para rua, ou espaços alternativos. Fruto de experimentações realizadas nas ruas do centro de São Paulo proporciona magia, malabares, canções armoriais e ventriloquia combinando-se em prol de um texto escrito em rimas de cordel do início ao fim.
Também com temática circense o Coletivo M’boitatá de Dourados (MS) apresentará Circo Micróbio que pretende ser uma homenagem ao circo tradicional, onde muitas vezes, famílias circenses se desdobravam para realizar diversas funções, desde a montagem e organização do espetáculo. Traz ainda uma dose de charlatanismo e humildes habilidades representadas pelos atores, recheadas com experiências “paranormais”, inspirados na tradição circense; além de revelar a correria e os atropelos dos bastidores.
A companhia paulista Lá vem o Riso vai encenar Quem é a Fofinha, história de Mada Lena, uma mulher fora dos padrões estéticos atuais, que depois de sofrer uma decepção amorosa pela internet busca auxílio em uma sessão de terapia em grupo. O terapeuta tenta auxiliá-la fazendo com que ela reviva vários episódios de sua vida diária. A partir daí, ela encontra respostas para descobrir, quem de fato ela é.
Já Princesa Engasgada é o espetáculo que o grupo campo-grandense Teatral Grupo de Risco levará para o Festival. A apresentação pretende induzir a uma reflexão a cerca da violência doméstica, mas trata a problemática de forma cômica, fazendo pensar enquanto diverte.
O ator argentino Carlos Vignola fará o monólogo Um único mundo. Nove personagens em um único ator e uma história de amor na conquista da América. Em 1519, nobre espanhol e sua frota chegam ao território asteca impondo, colonizando e expropriando terras. Mas ao conhecer o povo asteca, pouco a pouco modifica seus sentimentos e convicções
Encerrando as apresentações teatrais do 9º FAS, Tekoha – Ritual de vida e morte do deus pequeno, da Companhia Teatro Imaginário Marancangalha (CampoGrande-MS) também será um espetáculo de rua. Narra a trajetória do líder indígena guarani Marçal de Souza e sua resistência histórica na luta pela terra e direitos dos povos indígenas. Tekoha é uma palavra de origem indígena e refere-se à terra tradicional, ao espaço do pertencimento da cultura guarani.
A programação dos espetáculos teatrais podem ser conferida no site www.festivalamericadosul.com.br.
Por: Da Redação