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Páscoa deve movimentar R$ 90,7 milhões em MS; 53% a mais que em 2011

 

A pesquisa sazonal de Páscoa desenvolvida pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio MS), através do Instituto Fecomércio e parceria com a Fundação Manoel de Barros e Universidade Anhanguera-Uniderp, aponta que neste ano a Páscoa deve movimentar R$ 90,7 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, aumento de 53% comparado a 2011.

A pesquisa foi desenvolvida em onze cidades: Aquidauana, Anastácio, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Ladário, Naviraí, Paranaíba, Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas, que juntas somam quase 65% do PIB estadual. Foram entrevistadas 1.660 pessoas, nos mais diversos pontos de circulação e comercialização de cada uma dessas cidades, de forma espontânea, anônima e sigilosa, durante o período de 12 a 16 de março de 2012. Só nestas cidades serão movimentados mais de R$ 38,7 milhões em compras de ovos e chocolates, o que leva à projeção do montante que vai circular no Estado.

O crescimento do volume de negócios se deve ao aumento da massa salarial, maior quantidade de pessoas inseridas na economia formal, estabilidade do país, e por ser a Páscoa uma data festiva interessante ao congraçamento familiar e dos namorados. “Também é preciso levar em consideração a exposição antecipada dos ovos e chocolates de Páscoa pelos supermercados”, observa o presidente da Fecomércio MS, Edison Araújo.

Municípios

Em média, cada consumidor deve comprar dois presentes. O valor médio de gasto em cada presente será de R$ 71,00 no Estado, chegando a R$ 129,00 em São Gabriel, onde a data movimentará R$ 1,2 milhão. No ano passado o valor médio do presente no Estado foi de R$ 44,00, o que significa que houve aumento de 61%.

Desta vez, na Capital foi encontrado o menor valor médio, R$ 54,00, com movimentação de R$ 17,8 milhões. Em Dourados, R$ 4,1 milhões em compras, com valor médio de R$ 64,00 por presente. No caso de Corumbá e Ladário o valor médio será de R$ 96,00 e a movimentação atinge R$ 3,4 milhões. Montante que chega a R$ 952 mil em Aquidauana e Anastácio, onde cada presente deve custar, em média, R$ 60,00. Em Naviraí serão R$ 1,4 milhão em presentes, ao valor médio de R$ 72,00. No caso de Paranaíba, cada presente deve sair por R$ 59,00, em média, movimentando R$ 1,1 milhão e em Ponta Porã, a Páscoa gera negócios de R$ 3,8 milhões com o segundo maior valor médio de presente do Estado, R$ 102. Por fim, em Três Lagoas a data deve girar R$ 4,6 milhões com custo médio de R$ 78,00 por presente.

De um modo geral, estima-se que 58% dos compradores irão aos supermercados e 34% comprarão das lojas localizadas no centro das suas cidades. Na Capital, quase 48% escolhem os supermercados para as compras e 28% as lojas do centro. Já os consumidores de Dourados, 57% preferem comprar nos supermercados e 28% no Shopping Avenida Center. Em Ponta Porã, pesquisa realizada pela primeira vez nesta cidade, indica que 66% dos consumidores irão às compras nos supermercados, mas 22% comprarão nas lojas do Paraguai, uma receita de R$ 845 mil que não ficará no Brasil.

Outro dado revelado pela pesquisa é que 9% apontam preferência de compra para os chocolates caseiros por parte dos consumidores, alcançando o valor de 9%, que pode traduzir num ganho à economia informal na ordem de R$ 8 milhões, em todo o estado.

A pesquisa também mostra que os consumidores estão mais atentos, desta vez 27% disseram que não se lembravam de preços da Páscoa anterior, contra 33% na pesquisa de 2011. Para 8% os ovos e chocolates de Páscoa estão mais baratos, para 28% permanecem iguais e para 37% estão mais caros. “Ao que tudo indica, o controle econômico e financeiro das famílias tem crescido e eles ficam mais atentos às variações de preços de um período para o outro”, explica o presidente da Fecomércio MS.

Sobre o modo de pagamento, quase 63% das compras serão pagas em dinheiro, 13% com o cartão de débito e apenas 0,9% em cheques. Valores a prazo serão pagos com o cartão de crédito 20% e 2% no cheque pré-datado. Isto é indicativo do grande uso do dinheiro de plástico, ou eletrônico, e do desaparecimento do uso de cheques em folhas de papel. Prevê-se uma diminuição do risco de inadimplência para o lojista.

Pescado e turismo

Na avaliação de 32% dos sul-mato-grossenses, a Páscoa é uma festa cristã que remete ao consumo de pescado. Esta preferência alcança 62% dos entrevistados, dos quais 79% consumirão peixe fresco e 21% peixe seco.

Para 67% dos entrevistados a Páscoa é uma festa importante e 30% entendem que é uma festa familiar, o que pode explicar a baixa movimentação de turismo nesta época. Quase 70% não irão viajar e apenas 10% ainda não sabem se sairão das suas cidades. Aqueles que viajarão, 31% deverão ir para propriedades rurais ou beira de rios, 24% irão para outras cidades no interior e 17% virão para Campo Grande. Apenas 19% deverão deslocar-se para fora do MS. Aqui também temos uma parcela do movimento econômico estadual em que uma parcela dos gastos deverá ocorrer em alimentos, bebidas e em turismo de lazer em pesqueiros e pousadas rurais.

 

Por: Da Redação