Mais uma vez, Ladário sai na frente, tornando-se o município pioneiro, ao lado de Corumbá,, na implantação no Brasil do Projeto Orla Fluvial, patrocinado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e pelo Ministério do Meio Ambiente. O prefeito José Antonio assinou terça-feira, 29 de maio, no bloco H da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Campus Pantanal, o Protocolo de Intenções para continuidade do processo de implantação do Projeto Orla Fluvial, juntamente com a Prefeitura de Corumbá e a Superintendência de Patrimônio da União (SPU-MS). “É um projeto estratégico para Ladário porque deve viabilizar a logística para ligação da BR-262 ao porto de Ladário, bem como a ligação da malha ferroviária, que por sinal já está em fase de testes”, destacou o prefeito José Antonio.
Ladário possui um terminal intermodal completo, com ligações rodoviárias, ferroviárias e fluviais, colocando-se assim em situação estratégica para o escoamento dos produtos de exportação do Pantanal sul, conforme salientou no encontro o prefeito José Antonio.
O documento prevê, entre outras finalidades, o desenvolvimento de ações voltadas ao disciplinamento ambiental, patrimonial e urbanístico do uso e ocupação dos imóveis da União situados na orla fluvial de Ladário e Corumbá.
Dessa forma, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão iniciou a segunda etapa do Projeto Orla Fluvial. A proposta é discutir soluções para a problemática da orla fluvial de Ladário e Corumbá, tendo como base as questões debatidas durante a primeira fase do projeto, realizada em março deste ano. As ações vão até dia 31 na sede da UFMS Campus Pantanal. Serão avaliadas propostas para viabilizar a infraestrutura portuária com intuito de estabelecer uma continuidade na utilização dos portos dos dois municípios.
Representantes do Ministério dos Transportes discutem a logística da região portuária e as proposições de pavimentação da estrada que liga a BR-262 ao Porto de Ladário, bem como à malha ferroviária. Além disso, o Ministério das Cidades, em parceria com as Prefeituras de Ladário, e Corumbá busca soluções para a população que, atualmente, habita em área de risco, às margens do rio Paraguai.
Nesta segunda etapa do Projeto Orla, o Ministério do Planejamento, através da Superintendência do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS) busca articular os diversos interesses que subsistem na Orla Fluvial para propor soluções de crescimento ordenado e gestão compartilhada desse ambiente.
CASA DE RONDON
A Superintendência de Patrimônio da União (SPU-MS) e a Prefeitura de Corumbá assinaram contrato de cessão para a utilização da Casa de Rondon, localizada na região de Porto Morrinho. No local, o Município, em parceria com outros órgãos, vai implantar um telecentro como forma de possibilitar aos ribeirinhos acesso amplo, irrestrito e gratuito à internet.
O termo foi oficializado na tarde de terça-feira pelo superintendente do Patrimônio da União, Mário Sérgio Sobrau Costa, e pelo prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha. A assinatura aconteceu durante reunião sobre o plano para uso ordenado da orla fluvial no rio Paraguai.
A partir de agora, a Prefeitura de Corumbá, em parceira com Ministério da Pesca, o Ministério das Comunicações e a Organização Não Governamental (ONG) Ecoa – Ecologia e Ação, poderá implantar o telecentro com 10 computadores, impressora, projetor multimídia, telão, câmara fotográfica. No projeto, serão selecionados monitores da própria comunidade para orientar os usuários. A mesma iniciativa deve ser implantada também na Serra do Amolar, na Escola Municipal Rural da Barra de São Lourenço.
A Casa de Rondon foi construída pelo Marechal Cândido Rondon no final do século XIX, onde funcionava um posto de telegrafia. Mais de cem anos depois, o local permanecerá com o mesmo propósito, o de comunicação. “É muito bom ter a cessão daquela casa para de fato podermos atender a essa comunidade que tanto precisa cada vez mais de um olhar do Poder Público e vamos estar lá para fazer isso”, disse o prefeito Ruiter.
Por: Da Redação