É assim que funciona o trabalho em Ladário. Enquanto uma equipe prepara a exposição de fotografias, outra equipe marca barracas enquanto outra trabalha na decoração. A Prefeitura Municipal de Ladário através da Fundação de Cultura e Secretaria de Assistência Social despertou um verdadeiro espírito de equipe, o time foi em campo e não decepcionou. Quem pode passar pela avenida mais conhecida da cidade, viu que a organização do evento não está de brincadeira.
As cores do Brasil tomaram conta da Avenida 14 de março. A ornamentação feita pelas mulheres do Programa Geração de Renda deu um toque especial ao Espaço Folia. Não mais que merecido, o espírito brasileiro foi determinante na escolha da decoração do evento. As dezessete mulheres responsáveis em levar parte dessa decoração para a avenida são as componentes da Associação Mulheres de Fibra e Geração de Renda, que participam do projeto desenvolvido pela Prefeitura através da Assistência Social e Fundação de Cultura, “Carnaval Social”.
Foram confeccionados 800 metros de flâmula, esticados ao longo do Espaço Folia; 38 bolas feitas com garrafa pet, distribuídas pelas barracas; e 10 painéis pintados à mão, ao decorrer da avenida. Não é a primeira vez que isso acontece. No ano passado, elas também foram responsáveis pela ornamentação do tradicional Banho de São João.
Para a Artista Plástica Leonor Pereira, é importante que elas participem desse projeto para que tenham uma visão ampla do mercado de trabalho. Leonor acredita na capacidade de todas e, para ela, a integração dessas mulheres no evento é importante para valorizar e divulgar o serviço que elas desenvolvem. “É uma divulgação do potencial da mão de obra do trabalho que elas sabem desenvolver”, afirma Leonor, artista plástica responsável pelo projeto.
Já o Secretário de Assistência Social, Alexandre Ohara, essa parceria é uma forma de fortalecimento de vínculo empregatício. “Não fica somente no sentido de dar o curso. Vai muito além, pode-se mostrar o resultado de semanas de trabalho. Elas colocam em prática aquilo que aprenderam. Saem da teoria.”, ressaltou.
Para elas, a motivação é grande. O curso acaba, mas fica a esperança de alguém voltar para apostar em seus trabalhos. Dona Lucia da Costa Vieira, 45 anos, é uma das artesãs do “Carnaval Social”. Dona de casa, ela acredita que estar inserida neste meio artístico só acrescentou em sua vida. “Pra mim foi uma experiência muito boa. Quero ver meu trabalho na rua, pronto, pra todo mundo ver. E gerar um dinheiro “extra” pra mim.”, contou a artesã, que também vende produtos artesanais em casa.
Por: Da Redação